Para evitar que os casos de burla online continuem a aumentar, a Polícia Judiciária lançou um alerta público onde indica quais os principais cuidados que o consumidor deve ter quando compra através da Internet.



Tendo em conta que os utilizadores não têm contacto pessoal com os vendedores dos produtos, nem conseguem ver os bens que querem adquirir ao vivo, a PJ frisa que os consumidores deverão optar sempre por uma loja segura, certificada, recomendada ou que represente electronicamente um espaço comercial que exista fisicamente. Há ainda que verificar em todos os casos se o site possui os dados essenciais da loja para que, caso seja necessário, o utilizador entre em contacto com a marca.



As autoridades recomendam ainda que o utilizador digite sempre o endereço para o site respectivo ao invés de clicar numa ligação fornecida, evitando assim o reencaminhamento para destinos falsos ou indesejáveis.



Outros detalhes a ter em conta são as promoções, os fretes grátis e os preços exageradamente baixos. Antes de comprar o utilizador deverá informar-se acerca da qualidade do produto, da garantia, de qual a moeda da operação e do valor da respectiva conversão cambial. Desta forma será possível verificar se ao preço do produto serão somados mais impostos e acréscimos de transporte.



Os casos de burla acontecem também em sites de leilões, o que leva a PJ a recomendar especial cuidado nestes canais, já que, em alguns casos, existem licitações fictícias com objectivos inflacionários do preço e do número de interessados. Por outro lado, uma alegada proposta do vendedor propondo fazer uma transacção particular, de forma a fugir à comissão da empresa gestora do site, pode ser outro factor indicativo de fraude.



No mesmo alerta, é ainda referida a necessidade de o utilizador arquivar todas as fases do pedido, para poder reclamar em caso de problemas com o produto ou até fraude. Os pagamentos, de acordo com a PJ, deverão ser feitos com cartão de crédito, por ser mais fácil de cancelar a compra e identificar o vendedor no caso de ter de recorrer a tribunais, ou sistemas de NET/pagamento que limitam os riscos. São de evitar os pagamentos por sistema de remessa de dinheiro, de comprovativo meramente numérico ou que não obrigue à identificação do destinatário.



Por fim, os consumidores devem evitar divulgar dados pessoais e de contas bancárias e deverão confirmar se o produto adquirido, quando entregue, corresponde ao que foi encomendado e se os valores cobrados estão certos.



O alerta da PJ surge no âmbito de uma investigação a casos em que os utilizadores foram enganados quando compraram bens através da Internet.



Parte das situações de burla aconteceram em situações em que os consumidores compraram bens de valor elevado, tais como viaturas automóveis ou peças de arte. Nestes casos, a maior parte dos sites onde os produtos estavam expostos eram de origem internacional, o que acabou por complicar a análise da judiciária na identificação dos responsáveis pela burla.



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