Um grupo de mais de 60 companhias e instituições de ensino superior, composto pela Intel, Hewlett-Packard, Universidade de Califórnia - Berkeley -,
Princeton e Washington, acaba de
lançar o PlanetLab, um laboratório global de Internet que simula dezenas de milhares de utilizadores virtuais, servindo para desenvolver e testar protótipos de aplicações e serviços para a Rede.

O PlanetLab será empregue para testar novas ferramentas de combate a
worms da Internet e para desenvolver programas informáticos melhor distribuídos, isto é, capazes de funcionarem em várias máquinas de uma só vez. O projecto servirá também para conceber protocolos mais "inteligentes" para a Rede da próxima geração.

Da mesma forma, espera-se que o trabalho concretizado neste laboratório venha a permitir eventualmente que sites da Web transmitem vídeo a partir de computadores localizados à volta do mundo de uma forma coordenada para milhares de utilizadores em simultâneo sem congestionar o acesso. O projecto poderá também servir para determinar formas alternativas de evolução da Internet.

Ao contrário do que alguns cibernautas pensam, a Internet não é a rede estável e imediata que parece frequentemente ser. Os servidores podem ir abaixo e o congestionamento excessivo dos routers pode gerar atrasos. Os investigadores acreditam que os problemas apenas irão piorar à medida que novas aplicações e serviços ficarem online.

As empresas estão a migrar aplicações importantes para a Internet e, em
resultado, os empregados poderão vir a lidar com tempos de acesso lentos e problemas de segurança. Uma forma de resolver estas questões será distribuir fisicamente as aplicações para uma vasta gama de computadores, uma função que o PlanetLab irá desempenhar.

Funcionando por cima do tráfego regular da Internet, a rede do projecto - criada em Março de 2002 - abarca neste momento 170 máquinas ligadas à
Internet dispersadas por 65 locais situados em 16 países espalhados pelo globo, o que oferece um ambiente controlado para testar novo código. Os computadores correm uma versão modificada da distribuição do Linux da Red Hat.

O consórcio espera ter 300 máquinas em funcionamento até ao final do ano. A rede completa composta por mil computadores deverá estar finalizada dentro de poucos anos. Os investigadores que pretendam aceder ao PlanetLab precisam apenas de contribuir com uma máquina sua para a rede.

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