Os números são de 2009 e colocam Portugal numa posição pouco confortável relativamente ao número de licenciados em informática no país, face ao total da população académica. Os números mostram que em 2009 apenas 1,7% dos estudantes que saíam do ensino superior tinham completado cursos na área da informática. Muito menos que em 2005, quando esta área de formação agregava 5,1% dos licenciados.



Atrás de Portugal neste indicador está apenas a Roménia, onde a informática é opção para 0,9% dos licenciados. Na Itália o número também é menor, mas os dados apresentados são parciais e por isso não comparáveis. Já a média da UE a 27 para este indicador fixa-se nos 3,4% e também desceu face a 2001. Nessa altura era de 4%.



Nos dados hoje revelados pela Comissão Europeia, divulgados a propósito da e-Skills Week, Portugal surge melhor noutros indicadores. Por exemplo, 98% dos portugueses com idades entre os 16 e os 24 anos já usaram um computador, pelo menos uma vez. A média europeia para este indicador era de 96%.



Na mesma faixa etária, os dados europeus mostram que 96% dos portugueses que já usaram PC sabe mover um ficheiro ou pasta. 78% sabem usar fórmulas básicas numa folha de cálculo e outros tantos estão familiarizados com os passos necessários para criar uma apresentação. Apenas 18% sabem criar um programa de computador.



Alargando o intervalo para utilizadores com idades entre os 16 e os 74 anos as médias baixam. As descidas mais significativas estão na capacidade de criar um programa de computador, apenas possível para 7%, ou de criar uma apresentação, tarefa que só 32% dos utilizadores de PC nesta faixa etária seriam capazes de desempenhar.


Nota de redação: Corrigida uma data no primeiro parágrafo.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira