No primeiro estudo da Google para a utilização da Internet ao serviço do consumo em Portugal as conclusões indicam que 92 por cento dos utilizadores pesquisam de produtos na web. Destes, 54 por cento acaba por comprar online enquanto que 88 por cento prefere adquirir os bens num espaço físico.

Por oposição, dos 89 por cento que preferem pesquisar nas lojas, 46 por cento acaba por comprar através da Internet. A comodidade, a possibilidade de encontrar preços mais baixos e as possíveis condições de aquisição mais vantajosas nos espaços de comércio electrónico estão entre os factores que mais podem influenciar estes consumidores.

Segundo a Google, o valor despendido em compras acaba por ser superior para as aquisições online do que para as compras offline - as efectuadas nos espaços físicos. Em média, o valor médio gasto pelos utilizadores que pesquisam e compram produtos online é de 220 euros, ao passo que para os que preferem a corrida às lojas o valor ronda os 94 euros.

Esta discrepância nos números é justificável pelo tipo de bens - mais caros - que os portugueses acabam por comprar na Internet. Isto porque, 79 por cento das compras online dizem respeito a viagens e a outros bens e serviços relacionados com o Turismo. A este sector, segue-se o das tecnologias, que representa 63 por cento das compras. Comparando com os números obtidos nos espaços físicos, o Turismo representa 21 por cento das compras, enquanto que as Tecnologias perfazem 37 por cento.

Preferências e tendências

Os dados compilados pela Google junto a uma amostra de consumidores com mais de 15 anos, mostram que os motores de busca são as ferramentas mais utilizadas para a pesquisa de informações acerca de um produto (86 por cento). Os sites de revendedores, dos fabricantes, os de comparação de preços e os de leilões online são as ferramentas que ocupam, respectivamente, os restantes quatro lugares do top 5 das preferências dos consumidores portugueses.

O Google é o motor de busca líder em Portugal, com 99 por cento dos utilizadores a já terem recorrido ao sistema, seguido do SAPO, com 78 por cento e do Yahoo, com 50 por cento.

Quando questionados acerca dos benefícios dos motores de busca, 64 por cento dos utilizadores afirmaram que estes são ferramentas importantes na medida em que os ajudam a localizar na Web sites que de outro modo seriam impossíveis de conhecer. Já 53 por cento dos consumidores acreditam que estas ferramentas são importantes para localizar vendedores importantes de um determinado produto.

Por fim, e no que toca a links patrocinados, o estudo indica que 73 por cento dos utilizadores já notaram a sua presença nos resultados de buscas mas que apenas 41 por cento acabaram por clicar nas ligações. Do total, apenas 12 por cento admite aceder quase sempre a links patrocinados apresentados numa pesquisa.