Embora o projecto inicial ainda esteja a decorrer, foram assinados hoje 18 protocolos que formalizam a continuidade do Programa Internet@EB1 que pretende prestar auxílio pedagógico à utilização da Internet nas Escolas do 1º Ciclo. Com o apoio do Ministério da Educação e o Ministério da Ciência e Ensino Superior, os protocolos são assinados entre a Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) e as Escolas Superiores de Educação e Universidades, assegurando o financiamento por mais um ano através do Programa Operacional Sociedade da Informação (POSI).



O projecto inicial do programa Internet@EB1 foi iniciado ainda pelo extinto Ministério da Ciência e Tecnologia, de Mariano Gago, e tinha por objectivo fornecer um acompanhamento às escolas de ensino básico em relação à utilização da Internet, cujo acesso foi disponibilizado a todas as escolas no âmbito do programa Internet nas Escolas. Os primeiros protocolos foram assinados com as Escolas Superiores de Educação e Universidades em Fevereiro de 2001 e tiveram início prático no ano lectivo de 2002/2003.



Apesar de só agora se proceder à formalização da continuidade do programa, a actividade no terreno já está a reatar-se, assegurou ao TeK Pedro Veiga, presidente da FCCN, a entidade responsável pelo acompanhamento do programa. Os protocolos anteriormente estabelecidos mantinham-se até Dezembro de 2003 e os novos acordos asseguram a manutenção do programa de acompanhamento até ao final do ano lectivo que está a decorrer.



O acolhimento do programa pela população escolar do ensino básico foi um dos factores que encorajou a repetição do programa, que visa "consolidar o trabalho efectuado ao nível pedagógico, ao nível da capacidade de cada escola produzir páginas na Web, com a participação activa dos alunos, e no plano da certificação de competências básicas em TI, nomeadamente dos alunos do 4º ano de escolaridade", explica a FCCN em comunicado.



Para este novo ano está ainda a ser lançada uma nova actividade de constituição de comunidades de prática nas escolas, em parceria com outras entidades. Esta soma-se à produção de páginas Internet das Escolas, atribuição de diplomas de competências básicas em Tecnologias da Informação e o desenvolvimento de centros de recursos para apoio pedagógico às escolas.



Indicadores do execução

Embora dando início a uma segunda fase do projecto Internet@EB1, foram também hoje apresentados os indicadores de acompanhamento do primeiro ano de actividade. Durante o ano lectivo de 2002-2003 foram realizadas perto de 32 mil visitas de acompanhamento da utilização educativa da Internet em mais de 8 mil escolas do Continente. As visitas foram feitas por mais de 600 monitores, coordenados pelas 18 instituições que aderiram ao programa.



Na sequência deste trabalho, mais de 75 por cento das escolas que foram alvo de acompanhamento criou uma página na Internet, sendo agora disponibilizadas mais de 6 mil webpages destas instituições de ensino quando antes do programa esse número não chegava ao milhar.



O relatório de acompanhamento indica ainda que foram atribuídos 38.503 Diplomas de competências Básicas em Tecnologias de Informação a alunos e professores deste grau de ensino. Este era um dos objectivos definidos pelo programa, dirigindo-se em termos de alunos ao do quarto ano.



A FCCN é a entidade gestora da Rede Ciência Tecnologia e Sociedade (RCTS) e coordena a execução do programa, oferecendo às instituições serviços tecnológicos que permitem, por exemplo, o alojamento de materiais de apoio educativo e a obtenção dos indicadores de utilização pelas EB1 dos recursos instalados. A FCCN disponibiliza ainda um serviço de apoio técnico de 1ª linha quer na conectividade Internet, quer no conjunto de serviços Internet disponibilizados às escolas ligadas à RCTS.


Recorde-se que ainda na semana passada se questionou a manutenção do projecto RCTS face à finalização do financiamento da rede por parte do Programa Operacional Sociedade da Informação. A UMIC deu na altura garantias de que esse financiamento seria assegurado de forma tripartida, entre o Ministério da Ciência e Ensino Superior, o Ministério da Educação e a própria UMIC, mas até à data não foram divulgados mais pormenores sobre a forma como se irá manter a rede que liga as escolas e instituições do ensino superior à Internet.

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