O projecto que há precisamente um mês atrás iniciou a tarefa de contabilizar os utilizadores de Internet em todo o mundo e tornar mais claro o conceito de "aldeia global" registou até ao fecho desta peça pouco menos de 20 mil internautas, que chegaram de várias partes do mundo e que têm um leque de idades entre os 13 e os 70 anos.



"É uma sensação indescritível, ter alcançado os 4 cantos do mundo, tantas pessoas diferentes e saber que as mesmas participam sem ganhar nada em troca, e que todo este conceito nasceu da nossa vontade", descreve João Ribeiro, um dos dois estudantes de Engenharia de Computadores e Telemática da Universidade de Aveiro responsáveis pela iniciativa.



Embora o MapMyName - que ainda está a receber registos - tenha conseguido atingir apenas uma pequena percentagem dos utilizadores de Internet, os promotores defendem a sua importância enquanto "ferramenta privilegiada de recolha de dados estatísticos, que podem ser analisados e trabalhados para apresentação de resultados significativos".



O passo seguinte é tratar a informação recolhida e usá-la para fins estatísticos. O grupo confessa que gostaria de dar continuidade ao projecto a que um cibernauta registado chamou Rede Social Cientifica à escala Global, mas admite que não tem recursos para o fazer e por isso está a estudar modelos de financiamento que possam garantir essa continuidade, sem desvirtuar os objectivos da iniciativa.



O apoio financeiro para garantir a continuidade do MapMyNames terá de assegurar a "protecção da experiência de utilização. Temos uma aversão a publicidade destrutiva, a clubes JAMBA, toques de telemóvel e sapos "a voar pelo ecrã"", ironiza João Ribeiro.



"O futuro do MapMyName passa pelo desenvolvimento de novas funcionalidades assentes sobre o conceito anterior que permitirão ainda o estudo da teoria de "Small Worlds". Queremos levar a rede a um nível completamente novo de relacionamentos, em toda a sua complexidade", idealiza João Ribeiro.



Quebras de serviço prejudicaram iniciativa



O não cumprimento dos objectivos iniciais do projecto, que pretendia ganhar mais massa crítica, explicam-se para João Ribeiro devido a alguns factores. Várias quebras de serviço por parte da empresa de hosting, que deixaram o site do projecto em baixo por diversas vezes, são o principal factor apontado. Os estudantes consideram que esta situação não abonou a favor da credibilidade do projecto e que muitos dos visitantes do site que se depararam com esta situação já não terão voltado.



São também apontadas outras razões como as limitações do site ao nível das línguas disponíveis (apenas inglês) e o facto de uma percentagem significativa dos utilizadores que participaram não ter cumprido a regra de participação que pedia a indicação de três novos internautas por cada participante registado.



Recorde-se que o MapMyName arrancou a 22 de Abril depois de cinco meses de desenvolvimento baseados tecnologias open source e na API de mapas do Google.



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