O quinto relatório de acompanhamento da digitalização dos serviços públicos da Comissão Europeia apurou que 90 por cento dos organismos públicos que prestam serviços básicos ao cidadão têm já uma presença online. Em termos globais o nível de sofisticação dos serviços públicos europeus online ronda os 65 por cento, sendo que apenas 40 por cento estão totalmente disponíveis online, incluindo nas componentes transaccionais. Isto significativa que "a generalidade dos serviços online começam a permitir alguma interactividade mas há ainda um caminho a percorrer", diz o documento.



Segundo a mesma análise, a sofisticação dos serviços é maior nos serviços que se dirigem às empresas e menor naqueles que estão especialmente vocacionados para o cidadão, com um gap de 20 por cento entre os dois indicadores.



Entre os países europeus, a Suécia volta a ser classificada como a mais avançada em matéria de serviços públicos online, logo seguida pela Áustria, ambas com um nível global de sofisticação próximo dos 90 por cento.



Portugal está na média europeia com uma classificação de 68 por cento neste índice de sofisticação. Analisando a percentagem de serviços totalmente online a classificação portuguesa é menos positiva, mas mantém-se na média europeia com 40 por cento. O número representa uma evolução pouco significativa desde Outubro de 2001, quando 32 por cento dos serviços estavam já completamente online.



O documento diz também que no ano passado os maiores progressos em termos de digitalização e melhorias ao nível da sofisticação tiveram lugar na Alemanha, Itália, Reino Unido e Bélgica.



Entre os novos países membros, a análise efectuada aponta para um nível de digitalização idêntico ao registado na Europa dos 15 há dois anos atrás, um dado que revela uma evolução rápida. A Estónia é apontada como país mais avançado entre os 10 novos membros da UE.



O documento termina com um conjunto de conclusões onde se sublinha a necessidade de promover a utilização dos serviços públicos digitais, maximizando os ganhos de eficiência que estes podem permitir para particulares e empresas.



Os resultados sugerem ainda que no futuro os serviços públicos completamente online terão como principais desafios a integração dos seus backoffice e frontoffice, promover uma maior colaboração entre si e alterar processos e cultura.



O estudo foi encomendado pela CE à consultora Capgemini e realizado em Outubro do ano passado. Teve como amostra 14 mil websites de 28 países. Os 25 países que constituem a UE juntamente com a Suíça, Noruega e Islândia.


Notícias Relacionadas:

2005-01-14 - Europeus poupam 7 milhões de horas ano com entrega de impostos online

2004-01-27 - Estudo revela abrandamento do e-Government na Europa