Os utilizadores de Internet chineses podem ter que se registar com os nomes verdadeiros em serviços online, caso um conjunto de medidas criadas pelo Governo chinês seja aprovado. Os líderes chineses prevêm uma maior segurança online, enquanto muitos utilizadores esperam uma malha de censura mais apertada.

A agência estatal de notícias, a Xinhua, avança que a Assembleia Nacional Popular da China vai propor uma revisão na política de gestão de identidade onde todos os utilizadores têm que se identificar com os nomes verdadeiros aos vários fornecedores de serviços. Depois do registo, os utilizadores têm a opção de manterem a identidade online como anónima.

A aparente negatividade da medida, que pode entrar em vigor ainda durante o próximo ano, é atenuada pela intenção dos líderes chineses também quererem banir o envio de informações comerciais para utilizadores, através de email ou telefone, sem que estes tenham dado o consentimento. Está ainda prevista uma política mais eficaz de denúncias de práticas ilegais que sejam detetadas online.

A questão do registo com o nome verdadeiro pode ser visto como mais um ataque à liberdade de expressão de alguns utilizadores chineses que utilizam nomes fictícios e VPNs para acederem e publicarem conteúdos que de outra maneira poderiam implicar problemas legais no país.

O serviço de microblogues Sina Weibo, o equivalente chinês ao Twitter, já usa uma política de registo através da identidade real, mas a implementação da mesma tem conhecido contratempos. Olhando para estes problemas, também ainda não se sabe como o governo chinês quer fazer a verificação das identidades.

O novo conjunto de regras deverá aplicar-se tanto a serviços multi-plataforma como para aqueles que apenas existem em smartphones.

Telemóveis e smartphones, o mercado em crescimento

No campo dos telemóveis, a China totalizou 1,104 mil milhões de utilizadores que têm um contrato de subscrição de serviços de telecomunicações. Segundo dados do ministério da Indústria e das Tecnologias da Informação, o número é relativo ao mês de novembro e representa um crescimento de 118 milhões de subscrições nos primeiros onze meses de 2012.

Em 2013 a tendência crescente de adesão a telemóveis ou smartphones deverá manter-se e o mercado chinês pode inclusive superar o mercado norte-americano, que ao longo dos últimos anos tem dominado as vendas de dispositivos móveis.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

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