A China continua a apertar o controlo sobre a utilização da Internet. As novas regras incluem a criação de uma lista de sites cuja utilização é "aprovada" pelas autoridades do país, onde deverão ser inscritos os endereços que querem continuar a estar acessíveis aos internautas chineses.
Trata-se de uma espécie de "lista branca" (por oposição à expressão "lista negra") e foi apresentada esta semana num site governamental, juntamente com outras medidas a implementar em três fases, reporta hoje a agência Reuters em Pequim (China).
O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação ordenou aos serviços que fazem a gestão dos domínios e aos fornecedores de Internet que "apertassem o controlo" sobre os registos dos endereços das páginas Web.
Os sites que não se encontrem na lista de "autorizados" não deverão ser "transferidos ou mostrados", especificam os responsáveis.
A razão apresentada para as novas medidas é aquela a que o país já nos habituou: a luta anti-pornografia.
Mas a verdade é que o sistema, não só dá às autoridades a possibilidade de escolherem "à la carte" os sites a que os internautas nacionais terão acesso, como bloqueará automaticamente milhões de páginas absolutamente inócuas - atendendo ao propósito referido.
A norma não especifica se a nova regra se aplica também a sites internacionais, mas os meios de comunicação locais temem que estes possam ser também bloqueados por não terem sido registados.
A nova estratégia representa uma inversão da técnica de controlo utilizada à data no país, que usava uma "lista negra" para colocar todos os sites com conteúdos potencialmente ofensivos, logo que eram detectados.
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