A Comissão Nacional de Informática e Liberdades francesa (CNIL) comunicou que vai avançar em conjunto com outras entidades de cinco países europeus numa ação conjunta contra a política de privacidade unificada da Google. A gigante norte-americana arrisca-se a ser multada em seis países diferentes.

França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Espanha e Holanda são os países que vão avançar a partir de hoje, dia 2 de abril, com investigações e inspeções adicionais aos termos de utilização implementados pela empresa de Mountain View no ano passado. A decisão aparece depois de a Google ter aparentemente falhado na implementação das recomendações enviadas pelo Grupo de Trabalho do Artigo 29º.

O CNIL, que tem liderado toda a investigação, diz que os trabalhos do grupo estão finalizados e que a partir de agora cabe a cada organismo nacional aprofundar as investigações e decidir em conformidade com as leis nacionais da proteção de dados.

"Em particular, o CNIL notificou a Google do início de um procedimento de inspeção e da criação de um procedimento cooperativo internacional com os seus congéneres", escreve o regulador francês na sua página oficial. O regulador do Reino Unido, o ICO, também já confirmou que vai aprofundar as investigações.

O TeK já contactou a CNPD para saber se também tem intenções de avançar com uma investigação mais detalhada e consequente ação sancionatória contra a Google, mas ainda não obteve resposta até ao momento.

Coincidência ou não, a responsável máxima da Google para a área da privacidade , Alma Whitten, demitiu-se ontem do cargo que ocupava, não sendo ainda certo se os dois acontecimentos estão relacionados entre si. À imprensa especializada a Google está a dar a mesma resposta que tinha dado da última vez ao Grupo de Proteção de Dados da União Europeia: as leis europeias da privacidade estão a ser respeitadas.


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