Ao longo do primeiro semestre deste ano, a Symantec observou um aumento no número de ataques maliciosos na Internet. No período em análise foram detectados mais de 212 mil novos códigos maliciosos, o que corresponde a um aumento de 185 por cento face à segunda metade do ano que passou.



Os trojans representaram 73 por cento do total das ameaças detectadas, aumentando mais do dobro face ao mesmo período de 2006. A maioria destes ataques localizou-se nos Estados Unidos. Por outro lado, 43 por cento dos ataques por worms e redes bot foram detectados na região EMEA.


Neste segmento, Portugal situou-se em oitavo lugar na lista de países com maior número de PCs infectados por bot. Quanto a cidades europeias, Madrid é a capital mais afectada por ameaças deste tipo.



No que diz respeito a códigos maliciosos como phishing, spam ou outros ataques via Internet, a Alemanha apresenta-se como o território onde se origina a maior parte deste tipo de actividades, seguido do Reino Unido, França, Itália e Espanha.




Tendências e estratégias de ataque

Entre Janeiro e Junho, a Symantec bloqueou 2,3 mil milhões de mensagens de phishing, cerca de 53 por cento a mais do que no último semestre do ano passado. Os Estados Unidos foram responsáveis por 53 por cento do total de emissões de ameaças globais.



De acordo com a empresa de segurança, tem-se vindo a assistir à profissionalização dos hackers que, cada vez mais, desenvolvem ferramentas de proliferação de ataques e ameaças mais sofisticadas e difíceis de detectar. Os toolkits para phishing são um dos exemplos avançados pela empresa como meios de ataque em ascensão. Neste campo, 42 por cento dos sites de phishing detectados pela Symantec no primeiro semestre deste ano eram vítimas de três tipos de ferramentas toolkit.



Adicionalmente, a presença de servidores de economia paralela, ou mercado negro, como veículo para a venda de informações pessoais de utilizadores – entre os quais números de conta, de cartões de crédito e outros dados - tem vindo a sofrer um aumento considerável. A região que mais se destacou foi os Estados Unidos onde estavam alojada a maioria deste tipo de servidores, ou seja, 64 por cento do total detectado a nível mundial.



Entre as tendências apontadas pela Symantec é de salientar o aumento do desenvolvimento de códigos maliciosos específicos e de carácter regional, nomeadamente em mercados como o chinês, onde a adesão a videojogos é elevada e têm mais tendência a receber um maior número de ataques que se aproveitem de factores relacionados com jogos.



Neste sentido, os dados compilados pela companhia indicam que as ameaças deixaram de ser um risco mundial e passara a ser personalizadas consoante as regiões. A este nível a Symantec refere que, por exemplo, o mercado europeu é mais atacado por ameaças apoiadas em worms e os troianos nos Estados Unidos.



Durante o primeiro semestre foi também observada uma maior proliferação dos ataques "multi-etapa", estratégias que se repartem por várias fases com vista ao roubo de identidade dos utilizadores e que tendem a ganhar maior destaque.



A Symantec informou ainda que o correio electrónico continua a ser o principal veículo de propagação de códigos maliciosos (46 por cento) e que foram detectados 39 problemas de segurança no Internet Explorer da Microsoft, 34 no browser Firefox, 25 no Safari e sete no Opera.



Por fim, a companhia referiu que o sector financeiro, de educação, governamental e saúde foram os que mais sofreram com a perda de dados ao longo do semestre.




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