Em entrevista ao Público, Abertina Pedroso, presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça admite que o plano passa por introduzir melhorias no sistema, reconhecendo as limitações atuais e a existência de um número elevado de solicitações. Reclamam-se a introdução de novas funcionalidades, mas também o alargamento do acesso a outros atores do sistema, como os administradores judiciais, exemplifica a responsável.



Albertina Pedroso também refere que "não estamos a afastar a possibilidade de avançarmos para outro sistema", mas sublinha que a justiça não pode parar à espera disso e, como tal "o outro sistema vai sendo paulatinamente pensado em paralelo".



"É um trabalho que seguramente vamos começar a encarar logo que esteja reunido um conjunto de pressupostos que entendemos essenciais", acrescenta.



A adaptação do sistema à nova estrutura judiciária e a introdução de ferramentas que ajudem os órgãos de gestão das comarcas a detetarem onde há problemas e atrasos, estão entre as medidas que o IGFEJ quer introduzir já, no sentido de melhorar o que existe atualmente.



Na mesma entrevista, Albertina Pedroso sublinhou que o secretário de Estado de justiça propôs a realização de uma avaliação técnica e de uma auditoria para apurar o que se passou com o Citius quando o sistema falhou em setembro e, durante mais de um mês, deixou os tribunais em dificuldades. Já existirá uma resposta positiva da Inspeção-Geral de Finanças ao pedido, mas os trabalhos ainda não começaram.


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