São quatro os professores de ciências da computação em instituições universitárias alemãs que estão por trás do projeto merecedor dos 10 milhões de euros oferecidos por Bruxelas, que pretendem encontrar uma forma de proteger os internautas de ações de espionagem e fraude.

Michael Backesm, Peter Druschel, Rupak Majumdar e Gerhard Weikum querem arranjar um método que exponha os autores de tais ações, sem contudo comprometer a liberdade de opinião ou de acesso à informação e ao comércio característica da internet, explicam os responsáveis.

Os objetivos são proteger a privacidade dos utilizadores durante a publicação de conteúdos na internet e a participação em comunidades online, garantindo a prestação de contas de internautas e fornecedores de acesso para que os comportamentos maliciosos possam ser detetados.

Ao mesmo tempo os investigadores querem assegurar que a conformidade dos serviços prestados com as expetativas dos utilizadores e avaliar a confiabilidade da informação e dos conteúdos disponibilizados.

"Até agora ainda não chegámos a nenhuma solução satisfatória, nem para qualquer um destes quatro temas isoladamente. Mas estas são propriedades essenciais para a internet", diz Michael Backes.

Para o professor de segurança da informação e criptografia na Universidade de Saarland e porta-voz do projeto cada uma das propostas encerra uma tarefa dantesca, uma vez que alguns dos objetivos geram conflito entre si.

"É muito complexo, por exemplo, permitir a privacidade e o anonimato na Web, e, simultaneamente, responsabilizar os utilizadores pelas suas ações em caso de má conduta intencional. Além disso, é difícil determinar a confiabilidade dos dados, que foram publicados anonimamente", acrescenta Michael Backes .

Serão todas estas questões ainda sem solução que formam o objeto da investigação que o fundo atribuído pela União Europeia poderá ajudar a descortinar.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico