A publicidade personalizada online está a ser alvo de uma pesquisa minuciosa por parte da União Europeia. O organismo manifestou a sua preocupação face à possível invasão de privacidade que a tendência pode acartar para os utilizadores e indica que "este é um tema de grande interesse que seguramente será seguido no programa de actividades propostas para 2008", salientou Gabriele Loewnau, conselheiro legal da Comissão Federal alemã para a Protecção de Dados.



A postura da UE pode afectar o desenvolvimento de uma das mais potentes fontes de lucro para as empresas actualmente. Ainda na semana passada Jean-Bernard Levy, presidente do grupo Vivendi, indicou numa conferência na semana passada que "a publicidade se converterá numa ferramenta chave […] que permitirá aumentar as receitas médias por utilizador".



As recomendações do Grupo de Trabalho do artigo 29, presidido pela Alemanha e orientado para os temas relacionados com a protecção de dados, foram utilizadas pela Comissão Europeia para obrigar o Google a reduzir para 18 meses o tempo durante o qual armazena as buscas dos seus utilizadores na Internet.



A mais recente preocupação da UE no que toca à privacidade dos utilizadores surge após mais de 13 mil utilizadores do Facebook assinarem uma carta de protesto contra o novo sistema de publicidade da rede social. Em causa está o facto dos utilizadores terem acesso à lista das últimas compras que os seus amigos fazem através da Internet.



Apesar dos internautas poderem escolher a ocultação desses dados, os críticos referem que essa opção passa praticamente despercebida, o que já levou a que alguns membros do Facebook ameaçassem abandonar a comunidade



Notícias Relacionadas:

2007-09-24 - CE decide sobre negócio Google/DoubleClick até final de Outubro