Em Janeiro de 2009, 56 por cento dos agregados domésticos tinha computador e 47,9 por cento dispunha de acesso Internet, em 96,4 por cento dos casos em banda larga, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) no seu mais recente inquérito à utilização de tecnologias da informação e da comunicação pelas famílias.

Face a 2008, os valores mostram crescimentos de 6,2 por cento, 1,9 por cento e 6,9 por cento em, respectivamente, cada um dos indicadores mencionados.

Comparativamente a 2005, "observa-se um aumento do número de agregados que dispõem destas tecnologias, traduzido por um crescimento médio anual de 24,4 por cento no que se refere à ligação por banda larga, de 11,7 por cento na ligação à Internet e de 7,7 por cento no acesso a computador a partir de casa", refere o documento hoje divulgado.

Entre os indivíduos dos 16 aos 74 anos, 51,4 por cento utilizam computador, 46,5 por cento acedem à Internet e 9,7 por cento afirmam já ter feito compras online, valor que corresponde a 20,9 por cento dos internautas.

"Desde 2005 o número de indivíduos que efectuaram encomendas online registou um crescimento médio anual de 27,6 por cento, verificando-se um crescimento ainda mais expressivo, situado em 52,6, quando se analisa a proporção actual relativamente à do ano transacto", destaca o INE.

No conjunto das modalidades de pagamento online, a maior parte dos indivíduos que efectuaram encomendas em 2008 ou no primeiro trimestre de 2009 (53,3%) preferiu utilizar o pagamento online com cartão de crédito. Seguem-se os pagamentos realizados por Internet banking, seja através de transferência bancária com NIB (efectuado por 27,9%) ou utilizando a modalidade de pagamento de serviços (23,6%).

Viagens e alojamento (48,9%) e livros, revistas, jornais e material de e-learning (32,9%) foram as categorias de produtos mais encomendadas. Os bilhetes para espectáculos ou eventos (27,5%) e o software informático (24,2%) são igualmente produtos que os portugueses gostam de comprar online, segundo os dados do INE.