Depois de um longo processo judicial, a VeriSign acordou com o Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) o abandono do processo judicial que mantinha contra o organismo responsável pela atribuição e administração dos endereços de Internet. Em troca a empresa ganhou a extensão do seu controle sobre o endereço de topo .com, que irá poder gerir até 2012.

O processo que opunha as duas entidades teve início em Setembro de 2003, quando a VeriSign começou a redireccionar os utilizadores de Internet que procuravam um endereço não existente para um motor de busca com publicidade. O ICANN ordenou à empresa que suspendesse o serviço, o que foi considerado pela VeriSign como uma violação das competências contratuais estabelecidas. O caso acabou por ser arquivado em Agosto do ano passado mas voltou a ser reaberto na Califórnia.

Nos termos do acordo ficou estabelecido que o ICANN terá 90 dias para rever e autorizar o lançamento de novos produtos e serviços da VeriSign e dos seus concorrentes que possam ter impacto no sistema de domínios, assegurando que haverá uma validação prévia na disponibilização de serviços como o SiteFinder.

Segundo a Associated Press, o acordo agora firmado não envolve nenhuma compensação por danos, mas o ICANN vai receber uma controbuição da eriSign para suportar os custos legais envolvidos na manutenção do processo judicial. Numa primeira fase a empresa vai pagar ao organismo que gere a infra-estrutura da Internet mais de um milhão de euros. Paul Twomey, director executivo do ICANN, tinha afirmado à mesma agência que os custos legais se elevavam a vários milhões de dólares.

A gestão do domínio de topo .com é a mais lucrativa na Internet. A VeriSign factura cerca de 6 euros por ano pela manutenção de cada um dos 35 milhões de domínios.com em utilização, para além de controlar o domínio .net, com cerca de 6 milhões de registos.

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