A mais recente experiência de voto electrónico, realizada nas legislativas de dia 20 de Fevereiro, cativou a participação de 13.191 eleitores. Destes, 8.824 participaram na componente presencial da experiência realizada nas mesas de voto dos cinco candidatos a Primeiro-ministro.
O número de participantes ascende a 33 por cento do total de votantes, detalha um comunicado da UMIC - Agência para a Sociedade do Conhecimento.
Na componente não presencial da experiência, dirigida aos emigrantes inscritos para votar, o nível de participação foi de 12 por cento, o que se traduz num total de 4.367 eleitores (2.881 eleitores do círculo eleitoral da Europa e 1.486 de fora da Europa). Os portugueses residentes fora do país foram chamadas a votar online pela primeira vez, depois das entidades organizadoras da iniciativa - UMIC e STAPE - terem decidido testar a ferramenta Internet como alternativa ao tradicional voto por correspondência. Isto embora nenhuma das duas componentes da experiência se tenha revestido de carácter vinculativo.
Nesta componente não presencial, a mesa de voto electrónica esteve disponível durante uma semana para que os portugueses no estrangeiro pudessem votar e responder a um inquérito que tinha como objectivo perceber a opinião sobre a utilização da plataforma electrónica.
Mais de 90 por cento dos participantes na experiência de voto online aceitaram responder a este inquérito e a grande maioria afirmou gostar da alternativa (99,17 por cento) e estar disposto a repeti-la em futuras eleições, 98,32 por cento.
Uma percentagem também elevada dos inquiridos - 98,08 por cento - consideraram que esta é uma forma de votar simples e fácil e 98,91 por cento consideraram-na também rápida. Para 73,26 por cento dos inquiridos a introdução do voto electrónico com carácter vinculativo faria diminuir a abstenção entre os emigrantes.
No que respeita à segurança, 57,80 por cento dos inquiridos reconhecem que é uma componente garantida pelo sistema e 38,1 por cento consideram-no resistente a ataques de piratas informáticos. De sublinhar que na componente presencial da experiência o número de inquiridos confiantes na segurança ascende a mais de 80 por cento.
Os inquiridos têm menos certezas no que respeita à confidencialidade do voto. Apenas para 30,1 por cento o voto por esta via é secreto, enquanto só 29,1 por cento consideram que é de facto o eleitor a exercer o direito de voto. Uma percentagem mais baixa - 28,5 por cento - dos inquiridos têm a certeza que o voto não é posteriormente alterado.
Na componente presencial a experiência realizada nas legislativas introduziu uma novidade face aos pilotos anteriores, testando a possibilidade de votar numa mesa de voto distinta daquela onde o utilizador está registado. Acompanhada também de um inquérito a experiência voltou a obter aprovação dos participantes que reconhecerem a simplicidade do processo e rapidez, mostrando a sua disponibilidade para voltar a votar electronicamente em futuras ocasiões, sempre com taxas acima dos 90 por cento.
Nesta última experiência presencial participaram as freguesias de Santos o Velho, São Sebastião da Pedreira, Coração de Jesus, Conceição (na Covilhã) e Santa Iria da Azóia em Loures.
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