O World Wide Web Consortium
(W3C), consórcio responsável pela elaboração e aprovação de padrões da Web,
finalizou na terça-feira um conjunto de princípios para desenvolver
browsers e leitores de média que sejam mais fáceis de utilizar para as
pessoas portadoras de deficiência.

A recomendação do W3C das User Agent
Accessibility Guidelines (UAAG) 1.0 representa o concluir da terceira
série de regras em desenvolvimento no âmbito da Iniciativa para a Acessibilidade
na Web
(WAI) do consórcio, criada há cerca de cinco anos atrás.

Dois outros conjuntos de princípios estão já finalizados, relacionando-se com
a criação de ferramentas de autoria Web, recomendado em Fevereiro de 2000,
e com as páginas para a Web, recomendado em Março de 1999. As normas adoptadas
no dia 17 para serem empregues na construção de browsers e de leitores
de média estiveram durante um ano abrangidas pelo estatuto de candidatas a
recomendação. A proposta original foi divulgada em Setembro de 2001.

Actualmente, a WAI está já a planear elaborar um quarto conjunto de
princípios. Um grupo de trabalho encontra-se neste momento a elaborar uma
proposta de normas de acessibilidade para XML (eXtensible Markup
Language
), que irão sugerir formas para tornar as aplicações escritas
nesta linguagem mais acessíveis. Este trabalho poderá vir a tornar-se um
documento autónomo ou acabar por ser integrado nos princípios já existentes.

Os princípios publicados agora solicitam aos designers que efectuem uma
série de modificações para os utilizadores deficientes, de formar a fazer com
que os comandos sejam executáveis pelo teclado, bem como através do rato. As
normas apelam ainda aos designers para fazerem com que as suas
aplicações funcionem facilmente com as chamadas tecnologias assistentes, como
leitores de ecrã ou leitores de dados em Braille.

De forma a tentar que a indústria incorpore os seus princípios, a WAI salienta
que as suas recomendações ajudam não só os portadores de deficiência, mas
também as pessoas limitadas pelas capacidades mais limitadas de
dispositivos informáticos de dimensões reduzidas, como telemóveis com acesso
à Web e PDAs.

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