Os accionistas da EDS aprovaram hoje a fusão com a Hewlett-Packard. Aproximadamente 98,8 por cento dos votos foram a favor do negócio de 13,9 mil milhões de dólares que integrará a EDS na HP Services, criando um novo gigante nesta área.



A aquisição já recebeu parecer positivo da Comissão Europeia a 25 de Julho deste ano, depois de o executivo comunitário apurar que a aliança entre as duas empresas não seria prejudicial ao mercado europeu nem afectaria a concorrência.



O fecho da transacção necessita apenas de algumas autorizações dos reguladores norte-americanos e internacionais, embora seja de esperar que o negócio esteja concluído até ao final deste trimestre.



Após a aquisição, a HP irá fundir a sua divisão de serviços de tecnologias de informação com a EDS, dando origem a uma nova estrutura, denominada "EDS-an HP Company".



Quando anunciou a compra da EDS, em Maio deste ano, a HP frisava que já tinha traçados alguns planos para a nova área de negócio, entre os quais atingir uma facturação anual de 38 milhões de dólares e integrar 210 mil empregados nos 80 países onde a divisão vai marcar presença.



Impacto em Portugal
Numa entrevista ao TeK, Santiago Urío Rodriguez, presidente da EDS de Espanha e Portugal, revelou ontem a sua satisfação com o negócio com a HP, que ainda não tinha sido aprovado pelos accionistas. "Penso que a combinação da HP e da EDS é muito poderosa, juntando a líder de TI com uma das 3 maiores empresas de serviços de TI. Do nosso ponto de vista poderemos trazer muito valor com esta operação", garantiu.




De acordo com este responsável, os clientes da empresa em Portugal e Espanha mostraram uma reacção muito positiva à perspectiva do negócio, até acima das expectativas da EDS. Para já não há ainda definições sobre a forma como a fusão irá afectar a direcção da subsidiária ibérica, mas está para já garantido que a marca EDS será mantida e o negócio integrado na HP Services.



Santiago Urío Rodriguez excusou-se ainda a pronunciar-se sobre eventuais reestruturações a nível de recursos humanos, afirmando que só algumas semanas depois da decisão dos accionistas poderá dar uma ideia mais clara sobre estes aspectos do negócio.



A entrevista com o presidente da EDS de Espanha e Portugal será publicada ainda hoje no TeK.


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