Depois da integração da PT Portugal na Oi, a PT SGPS manteve-se cotada, ficando com a dívida de cerca de 900 milhões de euros da Rioforte e com uma participação de 25% na Oi.



Este é um ativo valioso e o instrumento que garantirá à empresária uma palavra na decisão de venda da PT Portugal, que inclui todos os ativos de negócio da PT em Portugal, como a rede fixa, a Meo ou o centro de dados da Covilhã, mas também uma participação de 25% no operador angolano Unitel.



A Terra Peregrin - Participações SGPS é a empresa que lançou a OPA, oferecendo aos acionistas da PT 1,35 euros por ação, um valor que está cerca de 30% abaixo do valor da companhia nos últimos seis meses, de acordo com uma análise do Jornal de Negócios, mas que representa um prémio de 11%, face ao valor de fecho das ações na última sexta-feira.



Embora tivesse garantido que não tinha intenções de vender a PT Portugal, a Oi está vendedora do negócio que mantém em Portugal e as ofertas para um negócio que pode ser decidido apenas pelo melhor preço, já estão a surgir.



A Altice, que detém a ONI e a Cabovisão, foi a primeira a apresentar uma oferta, dispondo-se a pagar 7 mil milhões de euros pela operadora, mas têm sido referidos outros interessados, nomeadamente fundos norte-americanos.



Depois de receber a notificação da OPA, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários decidiu suspender as ações da PT SGPS para "permitir aos investidores a análise dos comunicados divulgados ao mercado sobre a sociedade emitente".

Nota de redação: Ao final da manhã as ações da PT SGPS voltaram à negociação ultrapassando rapidamente o valor proposto na OPA.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico