A Comissão Europeia lançou hoje a Estratégia Europa 2020, o conjunto de medidas suportadas na Estratégia de Lisboa, apresentada em 2000 e revista em 2005, que define as prioridades gerais para a área da Sociedade da Informação, assim como para o sector das telecomunicações.

O crescimento inteligente, com base na promoção do conhecimento, da inovação, da educação e da sociedade digital, o crescimento sustentável e o crescimento inclusivo serão os três vectores que deverão orientar as acções concretas a nível europeu e nível nacional nesta nova Estratégia.

As definições da nova estratégia prevêem as mesmas bases já definidas anteriormente para a i2010, sustentando o crescimento e a inovação económica da Europa no desenvolvimento das TIC e procurando minimizar a divisão digital que ainda se mantém entre os que não podem, ou não querem, ter acesso às novas tecnologias.

Determina-se que os progressos relativamente à nova estratégia sejam avaliados em função de um conjunto de itens, onde se incluem, por exemplo, que 75 por cento da população de idade compreendida entre 20 e 64 anos deva estar empregada, que três por cento do PIB da UE seja investido em I&D e que a taxa de abandono escolar seja inferior a 10 por cento e pelo menos 40 por cento da geração mais jovem disponha de um diploma do ensino superior.

Para atingir os seus objectivos, a Comissão propõe "recentrar a política de I&D e inovação nos principais desafios societais, ao mesmo tempo que se colmata o desfasamento que existe entre ciência e mercado, transformando as invenções em produtos".

Promete igualmente "reforçar a qualidade e a capacidade de atracção internacional do sistema de ensino superior europeu", promovendo a mobilidade dos estudantes e dos jovens profissionais, e salienta que até 2013, todos os europeus devem ter acesso à ultra rápida, o que permitirá à Europa retirar "benefícios económicos e sociais do mercado único digital baseado na Internet de alta velocidade.

"A Europa 2020 reflecte aquilo que teremos de fazer desde já e no futuro próximo para relançar a economia europeia", refere o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que convida à construção de um novo modelo económico "baseado no conhecimento, numa economia hipocarbónica e numa elevada taxa de emprego".