Em 2012 e quando combinadas, a ZON e a Optimus tinham uma quota de mercado nas receitas das telecomunicações de 25%. Com a fusão das duas empresas veio o principal objetivo: garantir uma quota de 30%. E graças aos resultados operacionais fortes registados no ano passado a NOS está já perto de atingir essa meta.

"Estamos a cumprir o objetivo com uma antecipação de quase três anos, o que é assinalável", salientou em conferência de imprensa o diretor financeiro da operadora, José Pedro Pereira da Costa.

Os números para o quarto trimestre de 2015 ainda não foram partilhados, mas no final do terceiro trimestre a NOS já garantia 28,7% do total de receitas do sector das telecomunicações em Portugal.

O presidente executivo, Miguel Almeida, disse que o crescimento registado na reta final do ano colocará a NOS perto do objetivo definido. "Menos de dois anos e meios após a fusão a NOS é sem sombra de dúvidas uma empresa sólida, dinâmica e competitiva".

"Estamos numa posição privilegiada para encarar os desafios que o futuro nos coloca", acrescentou o presidente executivo, Miguel Almeida, em conferência de imprensa. "Esta mensagem de força da empresa é a mais relevante", concluiu o CEO.

O resultado líquido da empresa cresceu 10,7% para 82,7 milhões de euros, para um total de 1,44 mil milhões de euros em receitas, o que equivale a um crescimento anual de 4,4%. Os valores são relativos aos resultados de 2015.

Um dos maiores contributos foi dado pelo segmento das comunicações móveis onde a NOS angariou quase 500 mil novos clientes. O crescimento foi transversal às restantes áreas de atuação da empresa, como a televisão por subscrição e serviços de Internet de banda larga. "Foi um ano absolutamente extraordinário para nós, em todos os aspetos", congratulou-se Miguel Almeida que aproveitou para lembrar que o mercado nacional das telecomunicações tem estado estagnado.

Um outro segmento em destaque nos resultados apresentados foi a conquista de clientes no sector empresarial: entre 2014 e 2015 a NOS cresceu em 199 mil clientes, tendo agora 1,26 milhões do lado corporativo. O ano passado ficou marcado pela conquista de grandes clientes como Lanidor, BPI, Fidelidade, Caixa Gegal de Depósitos, Luís Simões e Montepio.

"Temos oferta para cobrir as necessidades das maiores empresas e algumas são das maiores que têm maior nível de exigência", referiu o CEO a propósito destes resultados. "Estamos em posição privelegiada para contrariar a posição priveligiada do incumbente", garantiu o executivo, que adiantou também o objetivo de continuar a conquistar 'grandes contas' durante o ano de 2016.

Rui da Rocha Ferreira