A Apple foi acusada pelas autoridades do Congo de utilizar minerais nas matérias-primas para desenvolver tecnologia, que foram recolhidas de forma ilegal. Esses minerais são recolhidos em minas artesanais por grupos armados, ligados ao massacre de civis, violações em massa, roubo e outros crimes apontados pelos grupos dos direitos humanos das Nações Unidas, avança a Reuters. Os minerais estão envolvidos em esquemas de lavagem através das cadeias internacionais de abastecimento.

A fabricante do iPhone e iPad já se manifestou contra as acusações de que utiliza os minerais em conflito nas suas produções. E aponta que já tinha pedido aos seus fornecedores, no início do ano, que parassem de comprar os minerais à República Democrática do Congo e ao Ruanda.

Em concreto, a Apple pediu às empresas de refinamento e fundições ligados à sua cadeia de fornecimento que não comprassem estanho, tântalo, tungstênio e ouro aos países em questão, devido à escalada de conflitos nos dois países.

As queixas contra a Apple foram apresentadas na França e Bélgica pelo governo congolense. O Congo é considerado um dos principais fornecedores de estanho (Tin), tântalo, tungstênio, minerais chamados de 3T essenciais na construção de computadores e smartphones.

A gigante tecnológica afirma que embora não utilize diretamente os minerais, faz auditorias aos seus fornecedores e publica todas as informações e financia as entidades que procuram melhorar o rastreamento dos minerais. A empresa disse que tomou a ação no início do ano por estar preocupada por não ser possível fazer auditorias independentes ou utilizar mecanismos de certificação da indústria para executar as diligências necessárias para cumprir os seus elevados standards.