Quando o ano começou parecia certa e bem definida a parceria entre PT e Oi, que levaria à fusão entre as duas empresas. As primeiras notícias do ano davam conta da aprovação do negócio pelos reguladores dos dois lados do atlântico, do fim da marca TMN e da adopção de uma estratégia orientada aos objetivos da fusão.



A crise no BES/GES, que acabaria por levar à insolvência da Rioforte, empresa do grupo, revelou que o maior grupo de telecomunicações português tinha comprado cerca de 900 milhões de euros em dívida naquela organização, dinheiro que não conseguiu recuperar.



O buraco obrigou as empresas a reverem o memorando que tinham assinado. Os novos termos penalizam os acionistas da PT e criam uma espécie de PT boa e PT má. A boa, a PT Portugal, passa para as mãos da Oi que agora a pretende vender, revelando que o grande objetivo da fusão PT/Oi – a criação de um super operador lusófono – caiu por terra. O mesmo destino teve a liderança de Zeinal Bava, que acabou por abandonar a presidência da Oi e do projeto que desenhou.



Entretanto, o destino da PT Portugal continua incerto mas será conhecido em breve e pode passar pela francesa Altice, que entretanto apresentou à Oi uma proposta que pode levar os ativos da PT para onde também já estão os que eram da Oni e da Cabovisão.



A proposta é agora a única em cima da mesa. A empresária angolana Isabel dos Santos também quis influenciar o futuro da PT Portugal, escolhendo um caminho diferente e lançando uma OPA sobre a PT SGPS, que se mantém em bolsa. Já desistiu da ideia.



Veja ou reveja as notícias que registaram os momentos mais importantes na vida da PT ao longo do último ano, 12 meses com um leque de acontecimentos difíceis – senão impossíveis – de antecipar, como também reconheceram os leitores do TeK na última votação que tivemos online, onde a queda da PT foi eleito o acontecimento do ano.



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Escrito ao abrigo do novo Acordo
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