Grandes empresas como a Apple, Google, Facebook e Yahoo! além de conseguirem faturar como poucas outras empresas no mundo, conseguem ainda tirar proveito de sistemas fiscais com falhas. Pois além de usarem os chamados paraísos fiscais para declarem apenas uma parte dos rendimentos que conseguem fora do país de origem, fazem ainda com que nenhum ou quase nenhum desse dinheiro chegue à economia doméstica.

Mas vem aí uma tempestade neste cenário idílico. Isto porque o presidente dos EUA, Barack Obama, tenciona criar uma taxa para todas as receitas conseguidas pelas grandes multinacionais fora do país.

Apesar de a nova taxa aplicar-se a empresas de vários ramos, como a General Electrics ou a Pfeizer, a verdade é que as grandes tecnológicas já referidas - entre outras - representam uma grande parte das entidades afetadas.

Na proposta de Obama está previsto um "reembolso" de 14% relativamente ao dinheiro que as empresas têm atualmente armazenado fora dos EUA, sendo que na posterioridade seriam taxados 19% das receitas conseguidas fora do mercado doméstico.

A proposta legislativa será apresentada amanhã, 3 de fevereiro, de acordo com a imprensa internacional. Mas não passa para já disso mesmo - de uma proposta legislativa com os analistas a considerarem ser difícil a sua aprovação no Senado.´

Mas caso comece a haver um lobby político a pressionar as empresas neste sentido, então Barack Obama pode estar aqui a abrir uma guerra de interesses contra as grandes empresas do país. Para justificar a medida, o presidente diz que o dinheiro conseguido será reinvestido na totalidade na construção de infraestruturas - como estradas - nos EUA. E no fim espera que as empresas reconsiderem um pouco as suas estratégias e que comecem a apoiar a criação de emprego no país de origem.

A consultora Audit Analytics estimava que em abril de 2014 as grandes empresas norte-americanas tivessem 2,1 biliões de dólares "estacionados" fora dos EUA.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico