Os advogados da Hewlett-Packard apresentaram sexta-feira à noite ao juíz William B. Chandler III um relatório legal - divulgado publicamente no sábado - que acusa Walter Hewlett, descendente de um dos dois fundadores da companhia de não ter conseguido justificar o processo judicial que instaurou contra a empresa, informou a agência Associated Press.
Em consequência, os advogados aconselharam Hewlett a abandonar a sua luta para impedir a fusão com a Compaq. Este documento legal consistiu numa forma de argumento final no seguimento de um julgamento com a duração de três dias que terminou na quinta-feira, em Wilmington, no estado norte-americano de Delaware.
A equipa que constitui a defesa legal da HP argumentou ainda que Hewlett não revelou qualquer prova de que a empresa mentiu em relação às hipóteses de o negócio com a Compaq poderia fazer com que alcançasse os objectivos financeiros publicamente divulgados.
Por outro lado, também não demonstrou de facto que a HP ameaçou o Deutsche Bank e que forçou os gestores de investimento desta instituição bancária a desviarem 17 milhões de acções em favor da fusão, pode-se ler no documento.
Os advogados de Hewlett, cujos 15 anos de direito de detenção de um cargo na direcção da HP terminaram na passada sexta-feira, também apresentaram após o julgamento um relatório legal junto do tribunal. Contudo, esse documento não foi divulgado publicamente.
Hewlett processou a HP no tribunal de Chancery, em Delaware, onde a empresa se constituiu legalmente como uma sociedade comercial, com vista à anulação da votação dos accionistas que ocorreu no dia 19 de Março, em que a HP ganhou por 51,4 por cento contra 48,6 por cento, de acordo com uma contagem preliminar e não-oficial.
O juiz William B. Chandler III afirmou na quinta-feira que iria emitir rapidamente uma sentença. Se Chandler permitir que o negócio no valor de 18,2 mil milhões de dólares (20,26 mil milhões de euros) permaneça de pé e a vitória da HP se mantiver nos votos por procuração, as duas companhias, Compaq e Hewlett-Packard estão preparadas para começar oficialmente a trabalhar em conjunto já a partir de 7 de Maio.
A defesa da HP apelou a Chandler que decidisse o caso em favor da companhia, bem como que sustentasse a integridade e a rectidão de Carly Fiorina e Robert Wayman, a directora executiva e o director financeiro da Hewlett-Packard.
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