A Comissão Europeia anunciou os primeiros dois programas estratégicos de inovação a funcionar no novo modelo de parceira público-privado, definido há alguns meses pelo órgão executivo europeu. Estreiam o modelo de Iniciativas Tecnológicas Conjuntas um projecto na área das TIC e um segundo na área da saúde, que tem como principal objectivo o desenvolvimento de medicamentos inovadores.



A iniciativa na área das TIC é a ARTEMIS e diz respeito a computadores invisíveis (sistemas embutidos) que hoje correm numa multiplicidade de equipamentos desde os automóveis aos aviões, passando pelos telefones e pela rede eléctrica.



O projecto prevê um investimento de 2700 milhões de euros para um período de 7 anos, que serão financiados a 60 por cento pela indústria. A União Europeia contribui com 410 milhões de euros, através da Comissão Europeia e mais 800 milhões de euros que chegam através de programas de Estados-membros.



De acordo com estimativas europeias, em 2010 vão existir 16 milhões de computadores invisíveis embutidos num leque alargado de equipamentos, um número que se manterá em crescimento até 2020, para cerca de 40 milhões de dispositivos.



As mesmas estatísticas indicam que daqui por três anos os circuitos integrados vão representar entre 30 a 40 por cento dos novos produtos comercializados na área da electrónica de consumo, o que na perspectiva da UE torna esta área crítica para o crescimento da economia europeia, e como tal habilitada para um projecto do tipo ITC.



Os ITC foram pensados pela Comissão Europeia para dinamizar a I&D na Europa e assentam no esforço combinado de investimento entre comissão, Estados-membros e indústria, devendo a prazo estenderem-se a outras áreas.



Viviane Reding, comissária europeia para a Sociedade da Informação, adianta em comunicado que o acordo entre indústria e CE vai permitir gerar mais 100 mil milhões de euros na próxima década e aumentar a competitividade em vários sectores chave para a economia europeia.



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