Na análise do regulador europeu da concorrência, que ao longo dos últimos três meses avaliou o impacto da operação, não foram encontradas sinergias relevantes entre as duas empresas, ou sobreposições da atividade com expressão suficiente para alterar as condições do mercado, ou prejudicar as condições de operação das restantes organizações a operar nos mesmos sectores.



"A Comissão concluiu que a transação não levanta preocupações ao nível da concorrência, em particular porque há apenas modestas sobreposições entre as atividades de ambas as partes", pode ler-se na nota divulgada ao final da tarde.



Na mesma nota explica-se as vertentes do negócio avaliadas pela CE, a vários níveis, nomeadamente no que se refere aos perigos de ambas as empresas adotarem politicas que limitem o acesso de terceiros às suas tecnologias.



A falta de representatividade da Microsoft no mercado móvel levou a CE a considerar pouco prováveis práticas da empresa que limitassem o acesso ao sistema operativo móvel ou aplicações junto de terceiros.



Esse tipo de cenário foi considerado, por exemplo, para aplicações como o Skype ou o Office, mas concluiu-se que a existência de várias alternativas numa e noutra área minimizam os impactos desse risco. Ao nível da interoperabilidade, no que se refere ao Microsoft Exchange, por exemplo, também não foram identificados riscos relevantes.



Do lado da Nokia, e dos ativos que a empresa aporta ao negócio, a CE garante que vai manter-se vigilante relativamente às práticas de licenciamento de tecnologia detida pela empresa no futuro.



Recorde-se que no início desta semana o regulador norte-americano já tinha aprovado o negócio. O sim dos acionistas da Nokia também já está consumado.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico