A maioria das PME nacionais considera que a crise tem afectado bastante o seu negócio e quase metade acha que a conjuntura económica se irá manter durante os próximos dois anos. Estas são algumas das conclusões de um estudo online promovido pela Sage no mercado português.



A análise, realizada com o objectivo de detectar as potencialidades de inovação tecnológica dessas empresas em áreas como a do software de gestão e, em simultâneo, avaliar o impacto da crise entre o tecido empresarial português, revela também que nos últimos dois anos as empresas investiram menos em infraestrutura tecnológica.



Segundo o estudo, 60 por cento das PME inquiridas referiu ter gasto menos de 5.000 euros em produtos e serviços de hardware e software, enquanto apenas oito por cento dos inquiridos investiu mais de 20.000 euros.


"Temos [como fornecedor de soluções] de saber lidar com esta realidade e encontrar uma oferta que se adeqúe aos actuais orçamentos limitadíssimos", referiu Jorge Santos Carneiro, CEO da Sage Portugal, durante a apresentação dos resultados do estudo.



Para 66%, a crise está a afectar bastante o negócio, e 47 por cento dos inquiridos considera que a situação económica-financeira se irá manter durante os próximos dois anos. Os restantes cerca de 50 por cento acham que irá melhorar ou piorar, em igual peso.



Questionados sobre o fim da crise, a maioria dos inquiridos acredita que a situação actual só irá melhorar após 2012 (54%), enquanto 16 por cento acha que a recuperação chega ainda em 2012. Para 14 por cento tal pode acontecer já no próximo ano.



A percepção das PME relativamente às medidas anti-crise é negativa, com 87 por cento dos inquiridos a concordarem pouco (57%) ou nada (29%) com as medidas implementadas até Abril deste ano - altura em que foi feito o inquérito - para contornar a situação.



A opinião negativa prevalece quando se mencionam os apoios, com 93 por cento das empresas a sentirem-se "pouco" ou "nada" apoiadas nesta fase difícil.