Este ano as despesas com Tecnologias da Informação no mercado português deverão diminuir 1,6%. A previsão é da IDC, que antecipa uma queda mais significativa no software, seguido do hardware e dos serviços, onde a descida é marginal (0,1%).



As despesas com software deverão este ano baixar 2,9%, enquanto as despesas com hardware recuam 2,3%, ainda que os tablets e smartphones assumam cada vez mais peso neste mercado, prevendo-se que em 2013 representem já 500 milhões de euros.



A entrada da eletrónica de consumo nas empresas terá aqui um papel relevante e será uma tendência cada vez mais vincada. Este ano mais de metade dos executivos de médias e grandes empresas usarão tablets para aceder à informação corporativa.



A explicar a tendência de contratação do mercado nestas três áreas está o ambiente económico e o agravar dos cortes feitos por consumidores e empresas nos gastos com Tecnologias de Informação. Nesta linha, as organizações têm privilegiado as estratégias de redução de custos e otimização de processos.



As áreas mais prioritárias para as organizações mantêm-se a virtualização de infraestruturas, já usada por 28% das empresas e nos planos de dois terços para este ano. A aposta nesta área é uma forma de preparar a adoção de serviços cloud, refere a IDC, adiantando que 25% das empresas a operar em Portugal já utilizam soluções de software-as-a-service. Em 2013 a previsão é de que 35% das empresas utilizem serviços cloud.



A IDC antecipa que a transformação tecnológica das empresas seja para continuar e aponta como outras áreas que poderão beneficiar desse percurso, para além do cloud computing, a mobilidade, o social business e o big data. Mais domínios com potencial de crescimento são o M2M, edifícios inteligentes e veículos conectados, áreas onde a IDC antecipa um crescimento a dois dígitos.



A saída para muitas empresas tem também passado pela internacionalização, com destaque para os países de expressão portuguesa, uma estratégia que será mantida em 2013 e que deverá alargar-se a outros mercados em crescimento, como a Ásia, Médio Oriente e Europa de Leste. Sessenta e oito por cento das empresas de TI apontam a internacionalização como saída apara a crise, apurou a IDC.

Nota de redação: Corrigida uma gralha no título.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico