Algumas das editores de livros digitais que conspiraram com a Apple no estabelecimento de preços mais altos e que prejudicaram a concorrência, avaliam os remédios propostos pelo Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) como exagerados.

A HarperCollins, a Penguin e Simon & Schuster estão entre as editoras que consideram que as propostas estão a tentar impor "um modelo de negócio específico na indústria das editoras", cita a agência AFP. Mais do que a Apple, as editoras acreditam que o castigo máximo está a ser aplicado aos seus próprios negócios.

A Apple já tinha reagido aos remédios da justiça chamando as propostas de "draconianas".

O analista Van Baker da Gartner considera que as medidas propostas pelo DoJ estão a tentar colocar a Apple fora do mercado dos ebooks, uma área que conta com presenças de peso da Amazon, Barnes & Noble e também da Google. "É uma solução muito pesada", acrescentou o analista.

O DoJ exigiu que a marca da maçã acabasse com os acordos que estabeleceu com as editoras envolvidas no escândalo e está proibida de acertar qualquer espécie de acordo com editoras nos próximos anos. A justiça norte-americana quer ainda que os concorrentes, como a Amazon e a Barnes & Noble, possam incluir links de compra dentro das aplicações que disponibilizam no iOS, sem terem que pagar os 30% de comissão à Apple.


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