A Comissão Europeia apresentou hoje um conjunto de 41 acções que configuram uma nova estratégia para a segurança interna da União Europeia. Como sublinha uma nota de imprensa, a Europa precisa de uma agenda comum para enfrentar as ameaças de segurança mais prementes.



Desmantelar as redes internacionais de criminalidade; prevenir o terrorismo e responder à radicalização e ao recrutamento; reforçar os níveis de segurança para os cidadãos e as empresas no ciberespaço; reforçar a segurança através da gestão das fronteiras e reforçar a capacidade de resistência da Europa às crises e às catástrofes são os cinco grandes objectivos estratégicos que resumem as acções propostas pela Comissão Europeia.



Concretamente, incluem-se neste leque várias medidas contra o cibercrime e o impacto crescente na economia da União Europeia. "Os criminosos recorrem cada vez mais à Internet, tanto para cometer crimes menores como para perpetuar ataques em grande escala", reconhece a CE.



Uma das áreas referidas é a das fraudes com cartões de crédito, mas as medidas europeias dão também especial atenção aos esforços para afinar as trocas de informação no espaço europeu, como reflecte o objectivo de criar um centro europeu de cibercriminalidade. Esta estrutura pretende reunir os conhecimentos especializados no domínio da investigação e prevenção da cibercriminalidade.



A medida, tal como a da criação de um sistema europeu de alerta e de partilha de informações, tem como horizonte temporal 2013, um ano depois da criação de uma rede de equipas de emergência de resposta no domínio informático, também prevista no pacote.



Em 2011 deverá já avançar uma proposta sobre a utilização dos registos de identificação dos passageiros na União Europeia e a criação de uma rede de sensibilização para a radicalização na UE, bem como medidas que facilitem a exposição, pela sociedade civil, de propaganda extremista violenta. Todas contemplam o impacto da Internet.