A norte-americana Gateway, uma das maiores fabricantes mundiais de computadores pesssoais, anunciou ontem um plano para reduzir os custos anuais em mais de 400 milhões de dólares, através do crescimento dos lucros do seu negócio de PCs e da diversificação das fontes de receitas com produtos e serviços que oferecem margens mais elevadas de lucros.



Para tal, pretende encerrar 80 das suas lojas ainda durante o primeiro trimestre deste ano - sendo que do total, quatro já tinham sido anteriormente divulgadas e 76 deverão fechar as portas no dia 24 de Março -, o que representa 29 por cento da sua rede de comercialização a retalho. Ao mesmo tempo, a Gateway planeia ainda despedir 1.900 funcionários, o equivalente a 17 por cento do total da sua força de trabalho.



Os despedimentos e o encerramento das lojas deverão representar só por si uma poupança anual de 200 milhões de dólares, ainda que represente um custo entre os 75 e os 80 milhões de dólares. A empresa norte-americana pretende ainda reduzir outros 200 milhões de dólares mediante a diminuição dos seus custos de produção.



A Gateway, que viu as suas receitas diminuirem 50 por cento nos últimos dois anos, irá passar a dedicar a sua atenção à venda de produtos informáticos e electrónicos de topo de gama, como ecrãs de plasma, bem como serviços para empresas. "Os computadores irão continuar a ser uma parte importante do nosso negócio, mas temos que abrir o nosso mercado a produtos com maior margem", afirmou Ted Waitt, presidente e conselheiro-delegado da companhia.



A fabricante de equipamento informático esperar obter uma receita entre os 820 e os 850 milhões de dólares no primeiro trimestre, em comparação com os 992,2 milhões que obteve no mesmo período do ano passado. As perdas estimadas deverão situar-se entre os 62 e os 66 cêntimos por acção, quase o dobro das previsões dos analistas.


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