A Comissão de Títulos e Câmbios (SEC) perguntou à Google no final de 2013 quais os planos da empresa para a grande quantia de dinheiro – cerca de 33 mil milhões de dólares – que mantinha fora dos EUA. A resposta foi conhecida ontem, 20 de maio, dizendo a tecnológica que o dinheiro servirá para sustentar uma estratégia de aquisições.



O valor representa mais de metade do dinheiro que a Google tem disponível, num total de 58,7 mil milhões de dólares, o que levou a autoridade reguladora a inquirir a empresa sobre os propósitos de tal estratégia.



“Prevemos o uso substancial dos nossos ganhos no estrangeiro para aquisições pois o nosso negócio global expandiu-se para outras ofertas de produtos como os dispositivos móveis. É razoável prever que a Google precise entre 20 a 30 mil milhões para financiar potenciais aquisições no estrangeiro”, escreveu a tecnológica numa das respostas.



A tecnológica de Mountain View lembrou ainda o regulador que nos últimos anos tem aumentado o número de aquisições e que a tendência vai-se manter. Há também despesas relacionadas com a construção de infraestruturas como centros de dados e investigação que a Google enumera para justificar o dinheiro que tem fora da malha fiscal norte-americana.



De acordo com as contas da Businessweek, as empresas mais importantes dos EUA têm acumulados 206 mil milhões de dólares nas subsidiárias internacionais. Há muito que alguns políticos norte-americanos têm vindo a debater-se com a questão fiscal das receitas das empresas que usam países como a Irlanda para diminuir os encargos com impostos tanto no país de origem como na Europa.


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