A Hewlett-Packard revelou ontem, quarta-feira, que irá cortar mais 1.800 postos de trabalho, para além dos 15 mil despedimentos previstos como parte da estratégia de equilibrar a sua contabilidade, na sequência da fusão com a Compaq, noticiou a Associated Press.



Apontando como razão para esta vaga adicional de despedimentos o fraco nível de procura no mercado, a companhia referiu ainda numa nota enviada terça-feira aos seus empregados, que estes cortes se deviam a um "prolongado desaceleramento do mercado e à intenção da HP de possuir uma estrutura de custos competitiva e de classe mundial".



Até ao final do seu trimestre fiscal, que terminou no dia 31 de Julho, a companhia tinha reduzido a sua força de trabalho em 4.740 empregados. Os restantes cortes, que ascendem a cerca de 12 mil, deverão realizar-se até 31 de Outubro, data que corresponde ao fim do actual ano fiscal da companhia.



Tal como outras companhias do sector tecnológico, a HP tem sido gravemente afectada por uma travagem nas despesas em tecnologias da informação por grandes clientes empresariais, um declínio que durou mais do que o inicialmente previsto.



A empresa também sofreu os efeitos negativos de uma fraca procura por computadores pessoais. A sua divisão de impressão e imagem, contudo, tem mantido um desempenho positivo, apesar da depressão económica.



Na carta enviada aos empregados, os executivos da HP afirmaram que a companhia continua a realizar contratações em algumas áreas, como as de impressão e de serviços. A fusão no valor de 18,9 mil milhões de dólares (19,29 mil milhões de euros) com a Compaq terminou no dia 3 de Maio. Combinadas, as duas empresas possuíam 150 mil empregados.



Nos primeiros resultados completos desde que o negócio foi concluído, a HP revelou ter perdido 2,03 mil milhões de dólares (2,07 milhões de euros) no seu terceiro trimestre fiscal, em comparação com uma perda de 116 milhões de dólares (118,40 milhões de euros) se as companhias se tivessem mantido separadas no ano passado.



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