Cerca de duas semanas depois da HP ter intentado um processo em tribunal para impedir a contratação do seu ex-CEO, Mark Hurd, pela Oracle, as empresas anunciam, num comunicado conjunto, ter chegado a um acordo que põe termo ao litígio.

Na nota oficial, as empresas "reafirmam a sua parceria estratégica de longa data" e informam ter chegado a um entendimento que garante que o antigo director executivo da HP irá assegurar, tanto o cumprimento das suas obrigações de protecção de informações confidenciais da empresa onde trabalhava, como os seus deveres como novo co-presidente da Oracle.

Embora as empresas se recusem, no comunicado, a prestar mais declarações sobre os detalhes do acordo, classificados como "confidenciais", a imprensa internacional afirma que, em troca, Mark Hurd terá abdicado de cerca de metade dos benefícios obtidos quando negociou a sua saída da HP - na sequência de uma investigação interna por alegado assédio sexual a uma funcionária.

O The New York Times relata que, numa comunicação ao regulador do mercado mobiliário norte-americano (Securities and Exchange Commission) a HP informa ter modificado o acordo com o qual cessa a colaboração de 5 anos com o seu antigo CEO, perdendo este o direito a cerca de metade das acções que lhe tinham sido atribuídas - cujo valor a Associated Press estima situar-se nos 14 milhões de dólares (cerca de 11 milhões de euros).

Embora, segundo o jornal, vários especialistas antecipassem poucas hipóteses de uma vitória legal para a HP, os envolvidos optaram por pôr termo ao processo que estava a colocar em causa as boas relações entre as empresas, parceiras de negócios "há 25 anos" e com "mais de 140 mil clientes em comum", como realçam no comunicado.