Os apoiantes da fusão entre a Hewlett-Packard e a Compaq ganharam mais uma batalha esta semana ao conseguirem que o Institutional Shareholder Services – uma empresa de aconselhamento de grandes investidores – desse um parecer favorável ao controverso processo, aconselhando os accionistas a aprovar o negócio.



De acordo com informações divulgadas pela agência de notícias Reuters, a opção do Institutional Shareholder Services – ISS – em apoiar aquele que será o maior negócio da indústria de computadores deverá influenciar pelo menos 10 por cento do sentido de voto. O ISS também desarmou os argumentos da família HP e do anterior membro do conselho de administração Walter Hewlett, que afirmavam que Carly Fiorina, presidente de direcção, teria arquitectado o negócio de um modo demasiado apressado com o conselho de administração. Para esta entidade independente, a administração ponderou todos os aspectos da fusão, considerando as vantagens a longo prazo em vez de se preocuparem – como Walter Hewlett – apenas com a unidade de impressão da HP.



Embora ainda sem comemorar vitória, mas confirmando que a altura é favorável, Carly Fiorina vai adiantando que a aprovação deste negócio poderá resultar numa empresa capaz de enfrentar a IBM no mercado.



A juntar ao parecer favorável do ISS as acções da HP também caíram – desde o anúncio da fusão, em Setembro, estas já baixaram 11 por cento – e as da Compaq subiram na New York Stock Exchange, o que diminuiu o fosso existente entre o preço das acções da Compaq e o valor imposto pela proposta de fusão total das acções, demonstrando que o mercado se começa a preparar para a efectivação do negócio.



Entretanto, Walter Hewlett continua a sua campanha contra a fusão e afirma que o ISS não percebeu as implicações do negócio que fará com que, na sua opinião, a HP perca a sua melhor unidade de negócio, a dedicada à impressão. Todavia, responsáveis do ISS afirmam que foi a impressionante pressão de Walter Hewlett que fez com que viessem a público todos os detalhes da fusão os quais, ironicamente, levaram à decisão agora tomada por esta entidade.



Desta forma, e apesar do apoio do ISS, a Packard Foundation e a Walter Hewlett que detêm 20 por cento das acções da HP continuam contra a fusão. Como outros 23 por cento são detidos por clientes ISS e metade desses clientes – cerca de 10 a 12 por cento do total – incluindo fundos indicadores e o Barclays Global Investors, cujo director executivo pertence à administração da HP, perspectiva-se que sejam obrigados a seguir o parecer do ISS devido a estrutura dos fundos e a potenciais conflitos de interesses.



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