O mercado asiático afirma-se cada vez mais como aposta para as empresas de tecnologia ocidentais, que tiram partido da mão-de-obra qualificada e dos menores custos de produção. Para além disso, a dimensão de mercados como a Ásia e a China e o desenvolvimento de ambas as economias fazem com que a produção local seja em boa medida absorvida no mercado doméstico.



Já com uma forte presença nos mercados asiáticos, que também se traduz no investimento em centros de I&D na região, a Intel anunciou um novo investimento de 2,5 mil milhões de dólares numa nova fábrica na China.



O projecto vai nascer de uma parceria com a Comissão de Nacional de Desenvolvimento e Reforma e permitir o fabrico de wafers de 12 polegadas para CPUs, avança o VNunet.



Quando estiver totalmente operacional a nova estrutura vai produzir 52 mil wafers por mês usando tecnologia de 90 nanómetros. De sublinhar que a China já é o segundo maior cliente da Intel, logo depois dos Estados Unidos.



Já esta semana também a Nokia anunciou que vai duplicar a capacidade da sua fábrica na Índia, reforçando a aposta no mercado asiático. A fabricante finlandesa acredita que em menos de três anos aquele mercado pode tornar-se o segundo mais importante em termos de volume, para a sua operação. Hoje em dia já é o terceiro mais relevante.



Dando resposta ao crescimento, a Nokia vai aumentar para 53 mil metros quadrados a dimensão da fábrica que no ano passado produziu 25 milhões de equipamentos móveis, 80 por cento dos quais para o mercado doméstico.



Depois da ampliação a estrutura vai instalar também sete empresas de componentes e dar emprego a 20 mil pessoas depois de totalmente operacional, o que deverá acontecer já no próximo ano. Para já, a fábrica emprega 3.800 trabalhadores e consumiu apenas parte do investimento previsto de 150 milhões de dólares.



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