Entre janeiro e março deste ano foram expedidos 279,4 milhões de smartphones, um valor que representa um crescimento de 29% em comparação com igual período do ano passado. A China sozinha foi responsável pelo envio de 97,5 milhões de smartphones para o retalho, um valor que ajuda a explicar porque é que cinco das maiores vendedoras de telemóveis inteligentes.

A Huawei assegurou a terceira posição, a Lenovo aparece em quarto lugar, a Xiaomi surge em sexto, a Yulong em oitavo e a ZTE em nono. De acordo com a análise da Canalys, o consumo interno em grande nível faz com que as empresas locais consigam entrar nos tops mundiais. É dado o exemplo da Xiaomi que tem 97% das suas vendas no mercado chinês.

O domínio asiático é ainda complementado com a primeira posição assegurada pela Samsung que volta a ser a empresa que mais smartphones vendeu em todo o mundo – conquistou uma quota de mercado de 31% no primeiro trimestre.

A Apple consegue ocupar a segunda posição de tecnológica que mais smartphones vende ao assegurar 16% das vendas a nível mundial.

Outros números não surpreendentes mostram que o Android conseguiu uma quota de 81%, esmagando por larga margem a concorrência do iOS com 16% e do Windows Phone apenas com 3%.

Mas no relatório da Canalys existem números que merecem atenção redobrada. Um em cada três smartphones vendidos no início do ano tinha um ecrã com um tamanho igual ou superior a cinco polegadas, um segmento que cresceu 369% em comparação com igual período de 2013.

Jessica Kwee, analista da empresa, revela que os consumidores agora associam os telemóveis topo de gama à necessidade de terem um ecrã de grandes proporções. “A ausência da Apple neste segmento não vai durar muito mais”, explicou a analista em nota de imprensa.

Isto porque o smartphone da Apple continua a dominar no segmento de telemóveis desbloqueados que custam mais de 500 dólares e têm um ecrã abaixo das cinco polegadas, com uma quota de 87%. “A Apple precisa claramente de um smartphone com um ecrã maior para se manter competitiva e vai resolver esta questão nos próximos meses”.


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