Os dados foram referidos esta tarde por Ermelinda Carrachás, secretária-geral do ministério, na conferência anual de serviços partilhados e compras públicas e dizem respeito apenas a organismos na administração direta do ME.

No último ano, o Ministério tem vindo a concentrar numa secretaria-geral a prestação de um conjunto de serviços e tarefas transversais a todo o ministério, com o objetivo de simplificar processos e poupar custos.

O plano vai para além das TIC, mas está a ser usado para implementar no ME a estratégia do GPTIC, o plano de poupanças de custos TIC no Estado, que no caso da Economia prevê poupanças de 25 milhões de euros até final de 2015.

Um das principais tarefas deste plano passa pela racionalização da função informática, que a secretaria geral tem vindo a coordenar. Cabe aí o levantamento de informação sobre todas as infraestruturas, serviços e capacidade TIC do Ministério para, numa fase seguinte, otimizar e concentrar a prestação destes serviços.

As quatro áreas críticas de intervenção, em linha com o GPTIC, são as comunicações, os datacenters, o licenciamento de software e o helpdesk. Só nesta área, o levantamento permitiu concluir que o ME tem hoje 65 efetivos a fazer serviços de helpdesk.

Nas restantes áreas a Secretaria geral da economia também já avançou, com Ermelinda Carrachás a garantir que estão a ser renegociados contratos de software com alguns fornecedores.

O enquadramento legal que suporta a reorganização do Ministério consta de um despacho publicado em outubro, que define um prazo de 12 meses para promover o alinhamento de todos os organismos do Ministério com a estratégia definida. Também visa a definição de um modelo de governance e a obtenção de poupanças, prevendo que a centralização se estenda também aos organismos que estão na administração indireta do ministério.

A secretaria geral do Ministério da Economia nasceu da fusão de três organismos, uma operação que gerou 5 milhões de euros em poupanças. Hoje presta serviços em todas as áreas do ME, para além de coordenar todos as iniciativas de partilha e centralização. Um dos exemplos apontados por Ermelinda Carrachás é a intervenção na área dos orçamentos do ministério, que passaram de 18 para três, uma transição que melhorou a capacidade de monitorizar a execução e os resultados, destacou.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico