O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino, apresentou hoje um conjunto de projectos tecnológicos que serão desenvolvidos ao longo dos próximos anos, sob a coordenação do seu ministério, com o objectivo de aproximar cidadãos e empresas. No conjunto os projectos já detalhados prevêem um investimento superior a 160 milhões de euros, na maioria previstos no Programa de investimentos Prioritários recentemente apresentado pelo Governo, pressupondo assim parcerias público-privado.



Do leque de iniciativas apresentadas aos empresários faz parte um conjunto de iniciativas na área da bilhética nos transportes, com um investimento total previsto de 58,9 milhões de euros. Estas medidas prevêem não só a modernização do sistemas de ticketing (que está já em marcha e que será concluída e uniformizada com este projecto), como o investimento em sistemas de informação ao público, de suporte à exploração, segurança e video-vigilância. Prevista está ainda a desmaterialização da venda de bilhetes de transportes e a possibilidade de fazer o carregamento de cartões Via Lisboa nos Multibancos.



A par com a área da bilhética, o plano de projectos tecnológicos contempla o investimento um sistema de identificação electrónica de veículos, cujo concurso público deve avançar já este ano, e que pretende facilitar a identificação do veículo junto de fabricante, Estado e prestadores de serviços. Este sistema, que prevê um investimento de 41,2 milhões de euros, permitirá a introdução de mecanismos electrónicos de cobrança de estacionamento, a gestão de autorizações para o estacionamento em locais restritos, etc.



Da lista de projectos faz ainda parte a criação de uma caixa de correio electrónico para cada cidadão, um sistema de pagamentos via telemóvel e a introdução de concursos públicos online na estrutura do ministério, bem como a introdução de melhorias no sistema de gestão de tráfego aéreo e a possibilidade de falar ao telemóvel em todos os transportes da rede pública, como o Metro por exemplo. Este projecto dependerá do entendimento entre a empresa e os operadores móveis.



No âmbito dos mesmos projectos o Instituto dos Mercado e Obras Públicas e Particulares e do Imobiliário terá a responsabilidade de criar uma plataforma tecnológica para disponibilizar informação ao sector da construção e imobiliário sobre obras públicas. Este projecto terá um custo de 2,3 milhões de euros.



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