Depois de quatro meses de negociações a Nokia e a Sanyo comunicaram ter interrompido o acordo através do qual planeavam criar uma nova empresa que produzisse equipamentos para redes CDMA. Na sequência deste desenlace a Nokia vai reduzir os seus investimentos no mercado de CDMA, embora tencione continuar a vender terminais na América do Norte.

A intenção de acordo entre a empresa finlandesa e a japonesa tinha sido anunciada em Fevereiro deste ano, seguindo-se um período de avaliação intensa e negociações entre as duas empresas. Num comunicado hoje divulgado as duas companhias admitem ter concluído que o negócio não era benéfico para nenhuma das partes, embora tencionem continuar a sua parceria noutras áreas.

O fim do acordo marca também uma viragem no negócio da Nokia para as redes CDMA, utilizadas sobretudo no continente americano. De acordo com um comunicado da Nokia, o ecossistema de redes móveis CDMA é já "financeiramente proibitivo" e desenvolvimentos recentes indicam que os negócios emergentes nesta área serão ainda mais difíceis.

Por isso a empresa vai desmantelar a sua área de Investigação e Desenvolvimento em CDMA até Abril de 2007, esperando um impacto da reestruturação na ordem dos 150 milhões de euros no terceiro trimestre deste ano, mas como resultados positivos na margem do negócio.

A Nokia tenciona porém continuar a participar activamente em alguns mercados CDMA seleccionados, com enfoque especial na América do Norte e comercializar aí os seus telemóveis, diz o mesmo documento.

"Depois de explorar todas as oportunidades possíveis, e fazer todos os esforços para criar um negócio CDMA sustentável, esta é a única hipótese viável", admitiu Kai Öistämö, Vice President executivo da Nokia Mobile Phones, em comunicado.

Recorde-se que a Nokia anunciou esta semana um acordo de parceria com a Siemens para a criação de uma joint-venture na área de redes de comunicações mas que nenhuma das empresas tem grande presença nos mercados de redes móveis CDMA.

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