Pretendendo recuperar o lucro e aumentar a sua competitividade reduzindo os custos, a Nokia anunciou hoje que vai realizar despedimentos na sua unidade de negócios de redes. Classificando estas reduções como "providências enérgicas", a empresa planeia despedir 1800 funcionários, o que corresponde a 10% dos recursos humanos da empresa nesta área.



Ainda no mês de Fevereiro a Nokia tinha comunicado a sua intenção de despedir 550 funcionários ligados à Investigação e Desenvolvimento (I&D) da Nokia Networks. Agora os cortes de pessoal vão atingir também as áreas de desenvolvimento, operações, vendas e ainda suporte e marketing dentro desta unidade de negócios de redes de telecomunicações. A maior parte dos despedimentos (1100) serão efectivados na Finlândia, sendo os restantes 700 divididos pelos países onde a fabricante mantém filiais.



As medidas foram tomadas ao abrigo dos cenários previstos de evolução das receitas da Nokia Networks, sendo estimadas perdas substanciais durante o primeiro trimestre de 2003, mas a empresa admite ainda que as condições gerais do mercado de redes não são as mais favoráveis.



Tal como outros fabricantes de equipamentos de infra-estrutura de telecomunicações móveis, a Nokia tem enfrentado nos dois últimos anos as quebras de vendas que resultam da falta de investimento dos operadores europeus, eles próprios a atravessar dificuldades financeiras.



Apesar de em apenas um ano a Nokia ter despedido mais de 3.500 funcionários na área de redes, este número é bastante inferior aos cortes realizados por outros fabricantes como a Ericsson, Motorola, Lucent e Nortel.

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