Um grupo de utilizadores quer responsabilizar a Apple por práticas de negócio incorrectas, publicidade enganosa e fraude, pelo facto da empresa colocar no mercado um equipamento com uma limitação que pode considerar-se um defeito. A este alia-se o facto de ter conhecimento prévio dessa situação e não ter informado os clientes.



A polémica constrói-se à volta da questão que nos dias após a chegada às lojas da quarta geração do iPhone animou a actualidade noticiosa e que dava conta de alguma perda de sinal do equipamento quando era agarrado em baixo do lado esquerdo. A Apple aconselhou o uso de uma capa - que a propósito a empresa vende - ou outro tipo de manuseamento do equipamento, que evitasse o contacto com aquela área específica.



Em causa estão duas acções, interpostas por um utilizador de New Jersey e outro do Massachusetts. Ambos pretendem representar grupos de utilizadores que compraram o equipamento e que podem juntar-se à acção. Os utilizadores consideram que, se a Apple vê como solução para o problema detectado no novo iPhone o uso de uma bolsa protectora, então deveria, desde o início, oferecê-la aos clientes.



"A Apple vende o equipamento com defeito sem o anunciar, o que, assumindo que a empresa já tinha conhecimento do facto, se traduz em omissão de informação e fraude", diz uma das acusações citada pela Bloomberg.



Embora esta questão, que os dois utilizadores consideram um defeito, tenha sido amplamente divulgada pela imprensa o interesse no novo equipamento parece não ter abrandado. Nos primeiros três dias nas lojas, em cinco mercados seleccionados pela Apple, foram vendidas 1,7 milhões de unidades do novo iPhone.



Nota da Redacção: A notícia foi actualizada com nova informação.