Carlos Zorrinho foi ontem ao Parlamento falar na Comissão de Inquérito que avalia a execução dos programas e-escola e e-escolinha. A intervenção do responsável pouco acrescentou àquilo que já tinha sido dito pelo anterior ministro das obras públicas transportes e comunicações, Mário Lino, que já tinha assegurado que a escolha do Magalhães foi uma decisão dos operadores, feita de acordo com um conjunto de requisitos pré-definidos, na mesma audição onde esclareceu os números do e-escola.



Na condição de coordenador do Plano Tecnológico, desempenhada à data, Carlos Zorrinho assegurou que o seu papel e do organismo que dirigia "foi o de participar na concepção e incubação da ideia e depois de monitorizar os resultados", disse aos deputados, cita o Público.



Ao grupo interministerial onde participaram representantes do MOPTC, Ministério da Educação e Ministério do Trabalho coube a definição dos "requisitos genéricos" do computador que deveria ser usado no programa. A escolha do produto em concreto e da JP Sá Couto para o fabricar coube às empresas.



"Os operadores escolheram um computador e uma empresa". "O caminho
para chegar aí [ao Magalhães e à JP Sá Couto] foi uma escolha dos operadores", assegurou, citado pela mesma fonte.



Eduardo Cardadeiro, membro do grupo de trabalho do UMTS, entidade responsável pela gestão dos investimentos feitos pelos operadores na Sociedade da Informação, no âmbito das licenças 3G, é o senhor que se segue nas audições parlamentares, esta manhã.



Mário Franco, presidente da Fundação para as Comunicações Móveis foi o primeiro a ser ouvido pelos deputados.