
O líder da Web Summit, Paddy Cosgrave, demitiu-se do cargo depois de várias empresas, incluindo a Meta e a Google, cancelarem a participação no evento, em Lisboa, na sequência de afirmações que fez sobre Israel, indicou ontem a agência Bloomberg.
A Web Summit vai nomear um novo CEO (presidente executivo) o mais depressa possível e o evento, que tem data marcada para começar em 13 de novembro, em Lisboa, decorrerá de acordo com o previsto, disseram os organizadores num comunicado divulgado ontem.
"Infelizmente, os meus comentários pessoais tornaram-se uma distração do evento", afirmou Paddy Cosgrave, citado no texto. "Peço novamente sinceras desculpas por qualquer mágoa que tenha causado", acrescentou.
Paddy Cosgrave escreveu em 13 de outubro na rede social X (antigo Twitter) uma publicação que deu origem a várias críticas.
"Estou impressionado com a retórica e as ações de tantos líderes e governos ocidentais, com a exceção particular do Governo da Irlanda, que pela primeira vez estão a fazer a coisa certa. Os crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados, e devem ser denunciados pelo que são", destacou Paddy Cosgrave.
Depois disso, na terça-feira, Cosgrave pediu desculpas pelas suas declarações relativas ao conflito entre Israel e o Hamas, lamentando não ter transmitido "compaixão", e disse esperar que a paz seja alcançada. Nesta última mensagem, o empreendedor recebeu inúmeras respostas "tarde demais".
Depois da onda de críticas, Paddy Cosgrave voultou a pedir desculpas, a 17 de outubro e anunciou que ia retirar-se da rede social X (ex-Twitter) o que não impediu que várias empresas cancelassem a sua participação na Web Summit.
O grupo tecnológico Amazon juntou-se ontem à Meta, à Google, à Intel, à Siemens e a investidores israelitas que já tinham anunciado antes que não participariam no evento.
O ataque do grupo islamita Hamas, lançado a 07 de outubro contra Israel, tem gerado polémica pelos comentários de várias figuras públicas. O ataque fez cerca de 1.400 mortos e, em resposta, Israel tem vindo a bombardear várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco ao território com corte no abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já causou a morte de pelo menos 4.385 palestinianos na Faixa de Gaza, de acordo com os números divulgados pelas autoridades de saúde de Gaza.
As imagens captadas por satélites mostram o impacto no terreno.
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