A ParaRede SGPS anunciou hoje que vai alienar as suas participações na AgênciaFinanceira, na Digital City e na empresa brasileira BKS, comunicando ainda que reintegrou a participação da PME Capital na NetPeople, empresa da qual se prespectiva o encerramento.



Estas decisões foram tomadas na sequência da reestruturação a que o grupo tem vindo a proceder desde Julho deste ano. As orientações estratégicas então definidas desde essa altura, tendo sido determinada a redução do envolvimento nos projectos de Business-to-Consumer e a concentração no negócio de fornecedor de serviços de tecnologias. A área de Internet, e nomeadamente de B2B, havia sido uma das grandes apostas da empresa durante o ano 2000.



Agora a ParaRede anunciou a venda da totalidades da sua participação na sociedade Agefin - Agência de Notícias Financeiras, que gere o portal AgênciaFinanceira.com, à empresa de capital de risco PME Capital. A ParaRede informa que o impacto desta alienação foi positivo em 130 mil contos nos seus resultados.



Também em acordo com a PME Capital, a ParaRede reintegrou os 40 por cento de participação que a empresa de capital de risco detinha na Sociedade NetPeople – Conteúdos Multimédia e Comércio Electrónico. Esta reintegração estava definida no âmbito do acordo parasocial em vigor, exercendo a PME Capital a put-option prevista. A NetPeople tinha já sido alvo desde Julho de um processo de "redução drástica dos seus
custos operacionais" e em comunicado a ParaRede refere que se perspectiva o seu encerramento.



Ainda em termos de alienação de posições, a ParaRede acabou de vender a sua participação na Digital City à Ambelis – Agência para a Modernização Económica de
Lisboa, que já era accionista maioritário. A ParaRede refere ainda um impacto positivo nas suas contas de 110 mil contos resultantes desta operação.



No Brasil a ParaRede vendeu também a sua participação na empresa BKS, por um valor de um milhão de reais, comunicou a empresa. No âmbito da sua reestruturação a ParaRede decidiu aumentar a "eficiência das actividades cross-border" nas operações entre Portugal, Brasil e Espanha. Esta área de negócio era deficitária, tendo contribuido negativamente em 849 mil reais nos resultados dos primeiros 9 meses deste ano.