No terceiro trimestre do ano a Nokia apresentou uma queda nas receitas da ordem dos 5 por cento para os 6,9 mil milhões de euros, enquanto os resultados líquidos caíram 2 por cento para os 861 milhões de euros. As vendas de terminais, em volume de unidades, aumentaram 23 por cento, impulsionadas pelo bom desempenho da empresa nos Estados Unidos e em mercados emergentes como os países do leste europeu.


Este aumento da procura não foi, no entanto, suficiente para compensar a quebra nas vendas na Europa e Ásia. Em termos de resultados globais a Nokia Mobile Phones obteve vendas no trimestre de 5,6 mil milhões de euros, o que representou uma quebra de 9 por cento, face ao valor obtido no período homólogo. Na área de redes as receitas caíram 21 por cento para os 1,2 mil milhões de euros.



A quota de mercado global do fabricante manteve-se nos 39 por cento, à semelhança do valor obtido no trimestre anterior, assegurando a sua primeira posição no ranking de fabricantes mundiais de telefones móveis.


A Nokia, cujos resultados ficaram acima das previsões dos analistas, explica que a boa performance nos Estados Unidos, sobretudo ao nível da divisão de telefones móveis, ficou dissimulada com a queda das vendas noutras regiões importantes e pelo facto de neste trimestre terem sido vendidos uma quantidade muito elevada de terminais de gama de entrada, adaptados aos novos mercados.



No último trimestre do ano as estrelas da empresa deverão ser o recém lançado N-Gage e o terminal Nokia 7600 "o mais pequeno e inovador dos dual-mode WCDMA", avança um comunicado.



No final do ano, o fabricante espera que as suas receitas, na área de telefones móveis, sejam novamente afectadas pela desvalorização do dólar, à semelhança do que se verificou no último trimestre de 2002. Na área de redes, a Nokia espera um decréscimo nas vendas por considerar que esta área está estagnada.



No comunicado de imprensa emitido pela Nokia, Jorma Ollila, CEO e presidente, adianta que a nova estrutura da empresa está especialmente vocacionada para olhar novos negócios, enquanto continua a trabalhar na liderança das comunicações móveis. Esta estrutura organizacional da Nokia estará operacional em Janeiro do próximo ano.



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