A Philips vai despedir 4.500 pessoas em todo o mundo até 2014. A medida tem como objetivo ajudar a acumular poupanças de 800 milhões de euros, anunciou esta manhã a empresa.


O plano de reestruturação da Philips visa responder aos maus resultados da empresa nos últimos exercícios e prepará-la para os tempos de crise que continuarão a pressionar as operações.


No seu terceiro trimestre fiscal as receitas da Philips caíram 1,3 por cento para os 5,39 mil milhões de euros. O EBITDA recuou para 368 milhões de euros, quando no mesmo trimestre do ano passado se fixava acima dos 600 milhões de euros. Os resultados líquidos atingiram os 76 milhões de euros.


Só na Holanda, o seu país de origem, a Philips conta despedir 1.400 funcionários. O impacto da medida em Portugal ainda não é conhecido. Contactada pelo TeK fonte oficial da empresa refere que "relativamente a este assunto a Philips em Portugal não tem qualquer informação a acrescentar, uma vez que não existem informações adicionais sobre o assunto ou sobre as suas implicações para Portugal".



A nível global a Philips dá emprego a 117 mil pessoas. De acordo com a informação disponibilizada pela empresa, e citada na imprensa internacional, os gastos atuais da companhia com pessoal e tecnologia são superiores às suas dimensões e por isso é destas áreas que tem de vir a maior poupança. O plano de redução de custos incide em 60 por cento nestas duas áreas e 40 por cento na redução de gastos estruturais.



Recorde-se que já em abril deste ano a Philips anunciou alterações à estratégia. Nessa altura comunicou a retirada do mercado de televisores, cedendo à concorrência das fabricantes asiáticas e pondo fim a mais de 60 anos de atividade neste segmento.



Em 2009, a empresa levou também a cabo milhares de despedimentos. Foram 6 mil o número de trabalhadores afetados pela medida, anunciada na altura em que a fábrica da marca em Ovar também fechou, atirando para o desemprego 80 colaboradores.

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