Portugal ocupa a vigésima quinta posição no ranking mundial de eReadiness apurado pela Intelligence Unit, da revista The Economist, com a colaboração da IBM. O primeiro lugar da tabela é ocupado pela Dinamarca, seguida pelos Estados Unidos e pela Suécia. O ranking posiciona 65 economias mundiais de acordo com os resultados de uma análise ao seu nível de preparação para usar a Internet como ferramenta de produtividade e baseia-se na apreciação de seis categorias constituídas por vários critérios.



As categorias de análise dizem respeito à conectividade e infra-estruturas tecnológicas, ambiente de negócio, adopção empresarial e do consumidor, ambiente legal e político, infra-estrutura social e cultural e serviços de suporte. Entre as seis, a primeira categoria (que analisa a conectividade) é a que tem um peso mais significativo na análise dos economistas, contribuindo em 25 por cento para o resultado final.



O resultado global obtido por Portugal representa uma queda (de uma posição) face aos dois anos anteriores que Luís Ramada Pereira, responsável pela área de serviços do sector público na IBM, explica com a introdução de novos critérios de análise e ajuste do peso relativo nas componentes analisadas.



Segundo ele, os critérios de avaliação são geralmente ajustados de ano para ano, com o objectivo de melhor poder reflectir as evoluções e desafios dos mercados. Assim, em 2003 a análise efectuada ao nível da conectividade passou a observar a banda larga (que antes se incluía num critério mais generalista de ligação à Internet). Em 2005 este critério volta a ser revisto ganhando peso mais significativo, no conjunto dos factores analisados.



A par com esta alteração, a análise de 2005 introduz mais uma alteração que também não favorece Portugal, explicou em conferência de imprensa. A categoria infra-estrutura social e cultural passa a adicionar ao seu leque de critérios a inovação, avaliada do ponto de vista do número de patentes registadas por mil habitantes, um rácio onde o país tem feito grandes progressos.



A categoria infra-estrutura social e cultural é de resto aquela em que Portugal apresenta piores resultados, sobretudo ao nível da educação. Aqui é avaliada, além da inovação, a competência técnica dos trabalhadores, a literacia e empreendedorismo. Menos positivos são ainda os resultados à analise dos esforços realizados no âmbito da segurança, nomeadamente a que envolve as transacções online onde se considera que, de um modo geral, há progressos a fazer.



Positivamente (na área da conectividade), Portugal destaca-se pela elevada penetração móvel e taxas de utilização de Internet (que diferem de forma significativa das taxas de posse de PC no lar, mais baixas).



Em termos globais, a sexta edição do estudo revela que a Europa continua muito focada em potenciar o uso da Internet como ferramenta de produtividade, sobretudo os países nórdicos "pela postura das empresas e pelas infra-estruturas tecnológicas disponíveis", sublinhou Luís Pereira.



Dos dez primeiros lugares do ranking, oito são aliás ocupados por países europeus, a que se juntam Estados Unidos e Hong Kong (que ocupam os 2º e 6º lugar). As diferenças de classificação entre os primeiros dez países é pouco significativa com o primeiro classificado a recolher uma pontuação de 8,74 (entre 0-10) e o décimo (a Áustria) com 8,22 pontos. Portugal acumulou 6,90 pontos.



Nas conclusões gerais, o estudo aponta ainda para uma intensificação de esforços generalizada dos investimentos nesta área e uma melhor articulação entre governos e iniciativa privada.



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